Conheça a brasileira Natália Silva, que estreou com vitória no peso-mosca do UFC feminino
13 vitórias, sendo três delas por nocaute e sete por submissão. Este é o cartel de Natália Silva, mineira que estreou com pé direito no UFC, aos 25 anos, no peso-mosca (até 57,2kg) após vencer a canadense Jasmine Jasudavicius.
Ao olhar para os números de seu cartel, muitos poderiam imaginar que a luta foi decidida no com a ajuda do jiu-jitsu, já que a brasileira possui a maioria de suas vitórias no chão em sua carreira. Porém, o desempenho positivo de Natália também na trocação, com uma base muito forte vinda do taekwondo, garantiu sua vitória em decisão unânime dos juízes (30-26, 30-27, 30-27).
Campeã na mesma categoria do Jungle Fight, a lutadora, nascida em Pingo D’Água, assinou com UFC em outubro de 2020, mas viu sua estreia ser atrasada por uma série de lesões que a deixaram fora do esporte por cerca de dois anos.
A seguir, conheça um pouco mais sobre Natália Silva, veja como ela iniciou sua história nas artes marciais, sua ascensão meteórica no Jungle Fight, lesões e a tão esperada chegada ao UFC feminino.
Natália Silva começou a lutar por meio de um projeto social
Nascida em 3 de fevereiro de 1997, Natália Silva iniciou no Taekwondo aos 16 anos, após o convite de uma amiga para participar de uma aula experimental em um projeto social da cidade. A paixão pelo esporte veio quase que automaticamente, muito puxada pela sensação de adrenalina e competitividade, e logo ela já estaria participando de competições da modalidade Brasil afora.
A mudança para o MMA aconteceu, mais uma vez, por meio de amigos que já praticavam o esporte e convidaram Natália, que não sabia direito do que se tratava. Acostumada a treinar apenas Taekwondo, e ainda sendo faixa branca, a mineira foi derrotada em sua primeira luta.
O jiu-jitsu, que lhe ajudaria e muito ao longo de sua carreira profissional, só apareceu após uma série de revezes em que a lutadora foi finalizada rapidamente após as lutas serem levadas para o chão.
A busca de Natália Silva pelo título do Jungle Fight
Criado em 2003, o Jungle Fight é um dos principais campeonatos de MMA do Brasil e da América Latina. Por lá, passaram muitos atletas consagrados no esporte, como Fabrício Werdum, José Aldo, Lyoto Machida e Rogério Minotouro. Ao todo, são sete categorias de peso que agrupam cerca de 600 atletas das mais diversas nacionalidades.
Em 2017, Natália Silva estreou na competição a convite de Carlos Borracha, que também cedeu para a lutadora sua academia para que ela pudesse treinar e morar. Contudo, foi apenas em 2019 que Natália disputou pela primeira vez o cinturão do peso-mosca no Jungle Figth.
Em luta contra Gabi Marçal, Natália venceu por finalização ainda no primeiro round, depois de acertar um belo golpe e encaixar um arm lock quando a luta já estava no chão.
Na sequência, a mineira precisou defender seu cinturão em luta contra Joice Mara. A vitória veio nos últimos segundos do quarto round, novamente em uma finalização usando o arm lock.
Dali, o caminho para o UFC já estava aberto e era apenas questão de tempo para que Natália Silva chegasse ao principal octógono do planeta.
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Pandemia, lesões e dois anos sem lutar: a chegada de Natália Silva ao UFC
Com a chegada do coronavírus no início de 2020, Natália Silva considerou voltar para a cidade de Pingo D’água durante a pandemia. Em outubro, enfim, ela assinou seu contrato com o UFC e estava se preparando para fazer a sua estreia nos primeiros meses do próximo ano.
Porém, durante uma sessão de treino no mês de dezembro, Natália levou um chute e fraturou o braço, impossibilitando a sua luta no UFC Feminino, que aconteceria em Abu Dhabi.
A recuperação durou cerca de cinco meses, mas não demorou muito até Natália Silva sofrer uma nova lesão. Após todo o processo de recuperação, ela, mais uma vez, se viu incapaz de lutar, dessa vez por causa de uma fratura no nariz.
No dia 18 de junho de 2022, Natália Silva, enfim, fez sua estreia no UFC feminino e estendeu sua série para a sexta vitória consecutiva. A brasileira sonha seguir os passos de Amanda Nunes (UFC 200 e 232), Cris “Cyborg” (UFC 214) e Jéssica “Bate-Estaca” (UFC 237), além de outros brasileiros, como Charles do Bronx, e conquistar um cinturão na principal competição de MMA do mundo.
