Considerado um dos melhores goleiros do mundo, Jan Oblak joga a oitava temporada como titular absoluto do Atlético de Madrid. O jogador esloveno, 29 anos, foi contratado em 2014 pelo clube espanhol depois de brilhar no Benfica (Portugal) e se transformou em um dos maiores da posição no planeta.
De acordo com o Transfermarkt, site especializado em mercado do futebol, o esloveno é o terceiro goleiro mais valioso do mundo, ao lado de Alisson. Assim como o brasileiro, Oblak está avaliado em 60 milhões de euros e fica atrás somente de Donnarumma (21 anos) e Courtois (29 anos), avaliados em 65 milhões.
Desde que chegou ao time comandado por Diego Simeone (um dos técnicos mais longevos na Europa), Oblak ganhou mais projeção no futebol de elite: passou a se destacar em uma das cinco principais ligas da Europa e a fazer boas defesas em jogos grandes, contra os melhores atacantes da atualidade.
Debaixo da meta do Atlético de Madrid, Jan Oblak se acostumou a jogar os principais campeonatos do mundo, entre eles Champions League e La Liga. Vice-campeão da Europa na temporada 2015/16, o esloveno participou dos títulos da Liga Europa (2017/18) e do Campeonato Espanhol, na última temporada. O troféu nacional é tratado com carinho pelo goleiro.
“Acho que provavelmente o ano passado [foi o melhor no Atlético], por ter vencido La Liga. Foi um ano estranho porque não havia torcida, então dificulta para escolher. Houve bons anos anteriores também, como o ano em que vencemos a Liga Europa. (…) Mas certamente o ano mais importante foi o ano passado, quando vencemos La Liga”, disse Oblak em entrevista à Betway.
Hoje ídolo do Atlético de Madrid – veja uma lista de nomes históricos do clube –, Oblak também comentou sobre a sua relação com o time espanhol e as características do ‘segundo time’ da cidade de Madri, que conta com o poderoso Real Madrid. O esloveno destacou a força do clube colchonero e usou um substantivo para descrever o Atlético: luta.
“Tudo ao redor do clube, a torcida [torna o Atlético especial]. Todos os que vivem a vida como o Atlético vive, que nem sempre teve vida fácil, já teve problemas. É um clube lutador e acho que cada pessoa que luta no dia a dia em sua vida gosta do Atlético de Madrid. Acho que é por isso que o clube também tem tantos torcedores e tantas pessoas o admiram”, afirmou o goleiro.
Quem é o ídolo de Jan Oblak? Resposta foge do ‘padrão’
Oliver Kahn, Chilavert, Zubizarreta, Pagliuca e David Seaman. Todos esses nomes são goleiros consagrados do futebol mundial e tiveram destaque na década de 1990. Ou seja, qualquer um poderia ser facilmente referência para um goleiro que iniciou a carreira profissional em 2008, como é o caso de Oblak.
Acontece que o esloveno não tem preferência por nenhum dos nomes citados ou outro goleiro conhecido do futebol mundial. Questionado sobre quem é seu ídolo, o arqueiro deu duas respostas surpreendentes: primeiro falou do pai, que tentou ser goleiro profissional e não conseguiu, e depois citou Kopke, que representou a seleção alemã antes do reinado de Oliver Kahn.
“Meu primeiro ídolo foi meu pai. Meu pai sempre foi meu ídolo. Ele foi goleiro, não jogou como profissional, mas eu o tinha como referência. Então, com o tempo, ao longo dos anos, olhei um pouco mais para alguns goleiros específicos, mas é difícil dizer apenas um. O maior ídolo foi o meu pai”, começou o esloveno, que acrescentou:
“Eu não prestava muita atenção nele [Oliver Kahn], mas lembro que quando eu era pequeno havia um goleiro chamado [Andreas] Kopke, que jogou antes do Kahn [na seleção]. Não sei se pelo nome ou por que, mas eu mencionava muito ele — quando se trata de goleiros alemães. Oliver Kahn é uma referência para os goleiros, mas em nenhum momento dei muita atenção a ele”, revelou.
Relação estreita com ‘vizinhos’ no Atlético de Madrid
Oblak disse ter boa relação com todos os jogadores do elenco do Atlético de Madrid. Há oito anos no clube, o goleiro já virou uma das lideranças e referências do time espanhol, ao lado de Griezmann. No dia a dia, porém, o camisa 13 tem relação mais estreita com dois companheiros: Stefan Savic (sérvio) e Sime Vrsaljko (croata), também nascidos no leste europeu.
“Sempre me dou bem com todos, mas, como todo mundo sabe, passo mais tempo com os jogadores do leste europeu, de onde venho, que são o Savic e o Vrsaljko. Talvez com quem eu passe mais tempo no ônibus, no avião, de quem me sento mais perto são o Savic e o Vrsaljko”, contou.
Oblak lembra passagem pelo Benfica e ‘pressão’ nos dérbis
Antes de se consolidar como goleiro do Atlético de Madrid e um dos melhores do mundo na posição, Oblak teve uma passagem pelo Benfica. O esloveno defendeu o time B do clube da capital de Portugal antes de subir para a equipe principal e se destacar por uma temporada.
Questionado sobre quais foram os estádios mais ‘hostis’ que já jogou, Oblak fez questão de lembrar a trajetória por Portugal e os dérbis contra Porto e Sporting.
“Quando se joga no Benfica, os estádios mais difíceis [de se jogar] são o do Porto e do Sporting, que são os dérbis. Acho que foram certamente os dois estádios mais difíceis de Portugal. Aqui na Espanha, há equipes mais competitivas e há muitos jogos difíceis. Por isso, talvez seja mais difícil dizer exatamente qual estádio é o mais complicado”, explicou.