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6 SAFs que não deram certo no futebol mundial

29 May | news | BY Betway Insider | MIN READ TIME |
6 SAFs que não deram certo no futebol mundial

Transformar o clube em SAF nem sempre é sinônimo de sucesso; confira gestões empresariais que não funcionaram no futebol

Diante do cenário em que quase todos os clubes de elite do futebol brasileiro possuem dívidas milionárias, as SAFs passaram a ser alternativa para diretorias que não conseguiam mais lidar com os problemas financeiros e viam as instituições à beira de uma falência.

SAF é a sigla de Sociedade Anônima de Futebol, estrutura que foi regularizada no Brasil a partir da Lei 14.193/2021. Criada em 2021, ela permitiu que clubes de futebol pudessem ser transformados em empresas.

Estruturar um time em uma SAF nada mais é do que migrar da associação civil sem fins lucrativos, principal formato estabelecido nos clubes de futebol do país, para um modelo empresarial.

Ou seja, se historicamente grande parte dos clubes são geridos e administrados unicamente pelo quadro de sócios, com uma SAF essa questão muda: empresários e fundos de investimentos passaram a ter o poder de gestão comprando parte majoritária ou minoritária de todo o capital de um time.

No Brasil, o modelo rapidamente se espalhou, especialmente entre os clubes mais endividados. John Textor, Ronaldo Fenômeno e 777 Partners foram os casos marcantes de início, com Botafogo, Cruzeiro e Vasco, respectivamente.

Transformar o clube em SAF, no entanto, não quer dizer necessariamente que o sucesso esportivo será alcançado também. Ainda que os novos empresários ou fundos de investimentos façam grandes aportes e sejam capazes de revolucionar do dia para a noite a situação financeira de um time, ainda há outros elementos que levam ao sucesso no esporte: gestões profissionais, manutenção de treinadores e elenco são alguns exemplos.

A seguir, veja algumas SAFs pelo mundo que não deram certo.

Cruzeiro (Ronaldo Fenômeno)

A primeira SAF do Brasil foi bastante midiática porque envolvia um gigante, o Cruzeiro, e um dos principais jogadores da história do futebol brasileiro: Ronaldo Fenômeno. O ex-jogador decidiu comprar o clube mineiro em 2021, logo após a regulamentação da Lei da SAF, quando a Raposa estava na segunda divisão e passava por uma grave crise financeira.

Em 2024, no entanto, Ronaldo vendeu a SAF para Pedro Lourenço, o Pedrinho BH, dono da rede Supermercados BH. Embora tenha conseguido fazer o Cruzeiro retornar à elite do futebol brasileiro, o Fenômeno era bem questionado por decisões de gestão, especialmente na compra de reforços. Pressionado, ainda que tenha melhorado o quadro financeiro do clube, o pentacampeão com a Seleção decidiu se desfazer do negócio depois de três anos.

Vasco (777 Partners)

A 777 Partners ainda é dona da SAF do Vasco, mas a situação não é nada boa. Em maio de 2024, Pedrinho, presidente do Vasco associativo, moveu uma ação contra o grupo para voltar a ter o controle sobre o futebol do Cruz-maltino.

Em conversa com a imprensa, o ex-jogador explicou o porquê do processo. “A ação é exclusivamente de proteção à Vasco SAF, para não acontecer o que aconteceu hoje com o clube belga [Standard Liège], é para proteger as ações da SAF. Para que o Vasco não fosse prejudicado com um bloqueio e entrasse em colapso financeiro. Eu sou vascaíno e todas as ações são para proteger o torcedor. A ação é jurídica, não tem intuito esportivo”, afirmou o presidente do clube.

Com o imbróglio jurídico, a 777 tenta se desfazer da SAF do Vasco, mas ainda não encontrou um comprador.

Standard Liège (777 Partners)

Não é só no Brasil que a 777 enfrenta problemas judiciais. Dona da SAF do Standard Liège, da Bélgica, a empresa norte-americana teve recentemente os bens bloqueados no país europeu. A ação foi movida por Bruno Venanzi, antigo dono do Standard, e outros sócios e acatada pela Justiça belga. De acordo com a imprensa local, o grupo não pagou as parcelas de abril de 2024, avaliadas em cerca de R$ 20 milhões. Por isso, a diretoria anterior pediu a penhora dos bens da 777.

Belenenses (Codecity)

Em 2012, o clube português Belenense vendeu 51% das ações para uma empresa chamada Codecity. Em formato clube-empresa, bastante similar ao modelo SAF, exceto na tributação, em que as Sociedades Anônimas levam vantagem, os donos minoritários do time português não gostaram da gestão empresarial e logo se arrependeram da venda. A solução foi recomeçar nas divisões amadoras e deixar a Codecity gerir o Belenenses Sociedade Anónima Desportiva na divisão de elite.

Málaga (Abdullah bin Nasser Al-Thani)

O Málaga foi comprado em 2010 pelo sheik Abdullah bin Nasser Al-Thani, membro da família real do Catar. Depois de um enorme investimento inicial, o poderoso esbarrou em burocracias da Espanha e perdeu o interesse pelo negócio. O resultado foi a queda para a segunda divisão.

Parma (Parmalat)

Ainda quando o termo SAF nem era difundido no mundo, o Parma chegou ao fundo do poço ao fazer uma parceria com uma empresa. Em 2004, o time italiano decretou falência, pois não conseguiu arcar nem com custos básicos, como água. À época, a Parmalat era quem controlava o futebol da equipe.

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