Exclusivo: perto da MLS, Herrera se declara ao Atlético e projeta ano de Copa

Em entrevista à Betway, Héctor Herrera, de saída do Atlético de Madrid, se declara ao clube e revela sonho com Copa do Mundo
O volante mexicano Héctor Herrera está de saída do Atlético de Madrid. Desde 2019 no futebol espanhol, o atleta, de 31 anos, aceitou uma proposta do Houston Dynamo, dos Estados Unidos, e atuará na MLS na próxima temporada. Liberado pelo Atlético, ele chegará sem custos e com contrato válido até 2025.
A cidade de Houston fica no Texas, estado americano com forte influência e presença da comunidade mexicana, o que certamente fará Herrera se sentir mais ‘em casa’. Mas a Espanha também está no coração do volante. Em entrevista exclusiva à Betway, o jogador destacou como foi bem recebido em solo espanhol e se declarou ao Atlético de Madrid.
"Eles me fizeram sentir em casa e acho que os mexicanos aqui são muito amados, são muito apreciados, e acho que o carinho é mútuo", disse. “Estou super feliz com o que tenho experimentado aqui, e grato a Deus por isso”, completou.
Herrera destacou, também, o bom relacionamento que nutriu com os companheiros de equipe. Sem conseguir definir o 'melhor amigo' dentro do elenco, afirmou que se dá bem com todos. "Não tenho um relacionamento ruim ou conflituoso com ninguém, então o dia a dia é muito feliz e me divirto muito", contou.
O mexicano guarda com carinho a temporada de 2020/21, a qual elegeu a melhor pelo clube, quando o Atlético conquistou o título da La Liga pela 11ª vez na história – o goleiro Oblak, que também concedeu uma entrevista exclusiva à Betway e surpreendeu ao revelar quem são seus maiores ídolos no futebol, foi destaque no campeonato. Para Herrera, a taça tornou o ano especial.
Herrera se declara ao Atlético de Madrid
O mexicano ainda ficará alguns meses em Madrid, cidade onde foi acolhido, e tem seus objetivo finais pelo clube. "[Quero] Poder ter mais minutos, poder participar mais dentro do grupo, poder dar o meu grão de areia para ajudar a equipe a estar bem. Temos que trabalhar para conseguir atingir esses objetivos", afirmou.
Sobre a passagem pelo clube, onde ficou por três anos, Herrera foi só elogios. Ele definiu a equipe em três palavras: "Acho que é um pouco do que se fala aqui: paixão, orgulho e família. Isso é o que eles transmitem a você, o que eles colocam em você, e acho que está claro o que eles querem e o que eles fazem você sentir, e então o sentimento que eles geram e criam dentro de você".
Com a sensação de missão cumprida na Espanha, o volante agora mira seus objetivos pessoais. Ele tem o desejo, por exemplo, de disputar e brilhar com a seleção mexicana na Copa do Mundo do Qatar, no fim do ano.
O México ainda não garantiu vaga no Mundial, mas a possibilidade de estar no Qatar já anima Herrera. Mais do que isso: ele tem o sonho de conquistar a Copa do Mundo para o país pela primeira vez na história. Nunca uma seleção da Concacaf levantou o troféu do Mundial.
“É o que eu quero [o título da Copa]. Não sei, acho que há times muito fortes e é difícil dizer que 'esse é o que vai ganhar'. Depende de muitas coisas, mas acho que há times muito fortes para essa Copa do Mundo”, disse. "Pessoalmente, gostaria que o México fizesse uma excelente Copa e que fôssemos o melhor possível para alcançar o objetivo e o sonho de todos os mexicanos", completou.
Para tentar atingir o objetivo, o volante de 31 anos conta com a ‘mudança geracional’ da seleção mexicana. "Todas as seleções sempre têm aquelas novas gerações que vêm para melhorar o grupo. No caso, temos uma muito boa e esperamos que nos traga muitas alegrias", afirmou. Herrera, vale destacar, faz parte da geração dourada do país, que conquistou a Olimpíada de 2012 e a Copa Ouro de 2015.
O jogador elogiou o técnico Tata Martino e disse que ‘o estilo dele vem muito a calhar com o que a seleção sempre quis ter’. "Muitas vezes não se tem muita paciência no México [com técnicos], mas acho normal, porque estamos acostumados com as mais altas exigências. [Tata] É um excelente treinador e uma excelente pessoa", analisou.
"Acho que estamos em uma posição perfeita para poder nos classificar [à Copa] e estar nesse grande evento. Temos que nos preparar melhor e mentalizar para essa grande participação", finalizou. É importante destacar que nem sempre uma boa campanha nas Eliminatórias garante uma boa Copa do Mundo.
Carreira, ídolos e história
Prestes a ir para um um novo desafio, em uma liga nova, e já na reta final da carreira, Herrera relembrou, na entrevista, alguns momentos marcantes de sua trajetória. Pelo Atlético, a principal lembrança foi o primeiro gol, contra a Juventus. Pelo Porto, onde atuou entre 2013 e 2019, elegeu um gol contra o Benfica, no último minuto, como o mais memorável.
Sobre a carreira no geral, Herrera lembrou de dois momentos. "No ano passado, no verão, na Copa Ouro, fui o melhor jogador. E outro foi no Porto, quando fomos campeões [da liga portuguesa]. Acho que foi um bom momento pessoalmente", disse.
E quem são os ídolos dele? Elegeu dois: "Acho que o ídolo mexicano de toda a vida sempre foi Cuauhtémoc Blanco, e em nível mundial foi o Juan Román Riquelme". Veja quais são os grandes ídolos da história do Atlético de Madrid.
Na MLS, o volante vai enfrentar elencos e jogadores menos badalados, mas vai guardar na memória os jogadores que encarou na Espanha, onde era rival do Real Madrid, recordista de títulos na Champions League. "O mais forte foi Adama Traoré, porque é muito grande, mas em termos de futebol está claro que é o Messi. Em termos de futebol, o melhor que enfrentei foi o Messi, sem dúvida", cravou.