Lewis Hamilton hoje é o piloto mais popular da Fórmula 1. Heptacampeão mundial, o britânico ficou próximo do título na temporada passada, vencido pelo holandês Max Verstappen. Caso tivesse terminado o ano em primeiro, deixaria Michael Schumacher para trás e se isolaria como o maior campeão da história da categoria. Aos 37 anos, o atleta ainda segue ativo no campeonato e em busca de vitórias.

O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que Lewis Hamilton, fã de Ayrton Senna, pode ganhar o próximo título um pouco ‘diferente’ – embora ainda esteja na Mercedes e exista a chance, mesmo que a soberania da escuderia alemã parece ter acabado, ou ao menos diminuído no grid.

Seja qual for o rumo da carreira do britânico, uma hipotética conquista ou um anúncio de aposentadoria, ao final da temporada (veja o grid completo de 2022), poderia vir para Lewis... Larbalestier. Sim, o piloto está disposto a mudar a identidade de anos na Fórmula 1 e passar a utilizar o sobrenome da mãe, e não Hamilton, vinculado ao seu pai.

“Estou muito orgulhoso do nome da minha família: Hamilton. Na verdade, nenhum de vocês deve saber que o [sobre] nome da minha mãe é Larbalestier. E estou prestes a colocar isso em meu nome”, afirmou o piloto da Mercedes durante a Dubai Expo, evento realizado em março de 2022.

"Porque eu realmente não entendo completamente a ideia de por que, quando as pessoas se casam, a mulher perde o nome”, acrescentou o piloto à época, surpreendendo a comunidade da F1 e os fãs.

Você imaginaria Lewis Hamilton correndo como Lewis Larbalestier na Mercedes ou com outro carro no campeonato? A ideia parece realmente estranha e, ainda que o britânico não tenha feito a mudança oficialmente, ela pode ocorrer a qualquer momento.

Quando Lewis Hamilton passará a usar Lewis Larbalestier?

Desde que Lewis Hamilton, dono de um dos maiores salários da F1 atualmente, anunciou que faria a mudança de nome na Dubai Expo, no início de março, antes de a temporada 2022 da Fórmula 1 começar, a expectativa é para saber quando o piloto vai de fato oficializar a troca.

Passados os primeiros Grande Prêmios da temporada, Lewis segue sendo Hamilton. Assim é creditado seu nome em todos os conteúdos da Fórmula 1. Existe, então, uma data para o sobrenome Larbalestier passar a ser usado? A resposta é não.

“Não, não sei se será neste fim de semana [no Bahrein]. Mas estamos trabalhando nisso”, afirmou o multicampeão na Dubai Expo, quando tornou pública a novidade.

Por que Lewis vai trocar um sobrenome tão ‘forte’?

Principal piloto no grid da Fórmula 1 na atualidade – veja as principais promessas da categoria –, Lewis é frequentemente chamado por Hamilton nas pistas. Seja quando os companheiros vão falar a respeito dele, nas transmissões oficiais das corridas ou até por jornalistas que cobrem o campeonato.

Por que, então, abrir mão de algo tão consolidado e de tanta identificação na maior categoria do automobilismo mundial?

A resposta está dentro de um contexto envolvendo o piloto britânico. Lewis Hamilton é um piloto revolucionário dentro da Fórmula 1. É o primeiro – e único – negro a pisar nos boxes e a guiar um carro de F1, mas não para por aí: ele se transformou no maior vencedor da história.

Com o respeito que foi ganhando ao longo dos anos na categoria – Hamilton disputou o primeiro GP da carreira em 2007 e depois nunca deixou o campeonato --, o britânico passou a explorar sua influência nas redes sociais e em eventos fora das pistas. Não é difícil vê-lo fazendo alguma reflexão sobre classes, questões de gênero e principalmente raciais.

Recentemente, em 2020, Lewis comandou uma campanha antirracista entre os atletas. Embora não tenha ganhado adesão de todo o grid (seis pilotos de um total de 20 não se ajoelharam no momento do protesto), o GP da Áustria de F1 naquela temporada entrou para a história.

Durante a execução do hino antes da corrida, 14 pilotos se ajoelharam em protesto contra o racismo. O gesto, comandado por Hamilton, havia sido impulsionado pela morte de George Floyd, um norte-americano executado de forma violenta e brutal. Um policial branco ajoelhou-se sobre seu pescoço durante quase nove minutos, em Minneapolis (EUA), e ele não sobreviveu.

Lewis, que sempre quando pode levanta debates contra LGBTfobia e racismo, parece agora migrar para uma questão de gênero, valorizando o papel – e o sobrenome – de sua mãe em um ambiente masculino e muito machista como o automobilismo. Assim, esse parece o grande motivo para a ‘radical’ mudança nesta reta final da carreira.

Goste ou não, a presença de Lewis Hamilton no grid agrega à Fórmula 1. Susie Wolff, executiva da Venturi, empresa especializada em veículos elétricos e dona de uma equipe na Fórmula E, elogiou o britânico recentemente.

“Sinto-me inspirada por Lewis enquanto piloto, mas também como ser humano. Claro que vejo comentários negativos sobre o que ele faz e como fala abertamente sobre outros assuntos, mas é necessário ter coragem para ser diferente”, afirmou a executiva, antes de completar.

“Sempre fui ‘a diferente’ no paddock. É fácil ser como todos os outros e apenas aparecer, correr, ir embora e não se preocupar. Mas ele tem a coragem de ser tão diferente, levantar e usar a plataforma que tem para outras causas. Isso precisa ser elogiado, porque o caminho mais fácil é não fazer nada”, concluiu.

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