Desde 2019, finais da Libertadores acontecem em local previamente definido, em jogo único; saiba qual cidade mais recebeu decisões ao longo da história
A final da Libertadores de 2022 será disputada em Guayaquil, no Equador, no Estádio Monumental. O local foi previamente escolhido para a decisão, que acontecerá em jogo único. A competição continental funciona assim desde 2019, em formato semelhante ao que acontece na Champions League – .
Na primeira edição com final em partida única, a decisão aconteceu no Estádio Monumental “U”, em Lima, no Peru, e foi vencida pelo Flamengo sobre o River Plate, por 2 a 1, de virada. Na temporada seguinte, Palmeiras e Santos se enfrentaram no Maracanã, no Rio de Janeiro, no começo de 2021, já que a Libertadores de 2020 foi interrompida por um período durante a pandemia de covid-19. O Verdão levou a melhor e conquistou o título – .
Na última temporada, Montevidéu, no Uruguai, recebeu a finalíssima, novamente decidida entre dois clubes brasileiros, Palmeiras e Flamengo, e outra vez com os palmeirenses ficando com a taça, a terceira da história do clube – . Foi a oitava vez que a capital uruguaia foi palco de uma decisão da Libertadores.
Em 62 edições do torneio continental, oito países sul-americanos (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Equador e Peru) e um país europeu, a Espanha, tiveram a honra de assistir à taça sendo erguida em seu solo. O Brasil é o maior anfitrião de campeões, com a final sendo decidida em terras tupiniquins em 19 oportunidades. A Argentina recebeu a decisão por 14 vezes; o Chile, nove; o Uruguai, oito; a Colômbia, quatro; o Paraguai, três; Equador e Peru, duas; e Espanha, em Madrid, uma – em 2018, quando o clássico entre Boca Juniors e River Plate, por questões de segurança, não pôde ser realizado na Argentina.
Veja, a seguir, a lista das cidades que mais receberam finais de Libertadores ao longo da rica história da competição, que começou em 1960, e está na 63ª edição em 2022 – dê seus sobre quem vai ficar com a taça neste ano.
São Paulo
O maior palco de decisões da Libertadores é São Paulo, a maior cidade da América Latina. Três clubes locais já foram campeões: Palmeiras (três vezes), São Paulo (três vezes) e Corinthians (uma vez). O Santos, que fica no litoral e é o time com mais artilheiros na história do Paulistão , também contribuiu para que a cidade esteja no topo, já que o título de 2011, o terceiro da história do clube, foi conquistado no Pacaembu, sobre o Peñarol, do Uruguai.
O ‘Paca’, além de 2011, recebeu as finais de 1961, quando o Palmeiras foi vice-campeão contra o Peñarol; de 2002, outro vice de um time paulista, dessa vez o São Caetano, finalista pela única vez e derrotado pelo Olimpia, do Paraguai; e 2012, quando o Corinthians foi campeão sobre o Boca Juniors.
O Morumbi foi sede da partida decisiva em cinco oportunidades. Três delas com o dono do casa, o São Paulo: em 1992 e 2005, ficando com o título, e 1994, ficando com o vice – o título de 93 foi conquistado em Santiago, no Chile. As outras duas finais que o estádio são-paulino recebeu foram duras para dois times brasileiros: o Palmeiras perdeu em 2000; o Santos, em 2003. Ambos foram derrotados pelo Boca Juniors.
O estádio Palestra Itália (conhecido também como Parque Antarctica) viu o Palmeiras ser campeão da competição pela primeira vez, em 1999. Hoje reformado e chamado de Allianz Parque, o local segue colecionando histórias na Libertadores.
Buenos Aires
A capital argentina não fica para trás. Buenos Aires recebeu um jogo derradeiro de Libertadores por nove vezes – La Bombonera, em 1963, 1978, 1979 e 2001; Monumental de Núñez, em 1962, 1986, 1996 e 2015; e El Nuevo Gasómetro, em 2014, foram os estádios ‘privilegiados’.
O Boca Juniors, time local, foi campeão em casa em 1978 e 2001. A equipe ficou com o vice em 1963 e 1979. Já o River Plate, rival, foi campeão nas três finais que disputou em casa, em 1986, 1996 e 2015. A decisão de 1962, no Monumental, foi neutra para os argentinos – a disputa foi entre Peñarol e Santos, e o Peixe levou a melhor. A final de 2014 terminou com o título do San Lorenzo sobre o Nacional, do Uruguai.
Santiago
Santiago, no Chile, está empatada com Buenos Aires como a segunda cidade que mais sediou finais de Libertadores, nove vezes, apesar de os chilenos terem apenas um título da competição continental, conquistado pelo Colo-Colo, em 1991 – na ocasião, a decisão aconteceu no Monumental de Santiago.
As outras oito finais aconteceram no Estádio Nacional de Chile, em 1965, 1966, 1967, 1974, 1976, 1982, 1987 e 1993. Por muito tempo, a cancha foi escolhida para ser neutra e palco do terceiro jogo entre dois clubes de outros países. Somente em 1982, quando o Cobreloa perdeu para o Peñarol, e 1993, quando a Universidad Católica foi vice diante do São Paulo, é que o estádio recebeu finais de times chilenos.
Montevidéu
A capital uruguaia foi sede de oito finalíssimas. A mais recente, em jogo único, entre Palmeiras e Flamengo, em 2021, no Estádio Centenario, que recebeu todas as decisões que aconteceram na cidade. Além da última temporada, os uruguaios assistiram aos jogos decisivos de 1968, 1970, 1973, 1977, 1980, 1981 e 1988.
Porto Alegre
Porto Alegre, no Brasil, foi palco de quatro finais: duas no Beira-Rio, estádio do Internacional, e duas no Olímpico, antiga casa do Grêmio. Os dois clubes gaúchos foram campeões nas quatro oportunidades. O Tricolor, vale destacar, ainda conquistou um terceiro título, fora do país, contra o Lanús, em 2017.
Outras cidades
Assunção, no Paraguai, e Avellaneda, na Argentina, receberam três finais cada – mesmo número de Minas Gerais, as três no Mineirão, que viu um título e um vice do Cruzeiro, em 1997 e 2009, respectivamente, e uma taça do Atlético-MG, em 2013.
O Rio de Janeiro foi palco de duas decisões, ambas no Maracanã. Além do jogo neutro da temporada de 2020, entre Palmeiras e Santos, o Maraca recebeu a final de 2008, entre Fluminense e LDU, que terminou com o vice do Tricolor carioca. Guayaquil, no Equador; Lima, no Peru; e Medellín, na Colômbia, também sediaram duas finais cada.
Dentre as cidades que receberam apenas uma decisão estão Bogotá e Manizales, na Colômbia; Lanús e La Plata, na Argentina; e Madrid, na Espanha, única sede fora da América do Sul. A final na capital espanhola aconteceu em 2018, entre Boca Juniors e River Plate, por conta de falta de segurança para realizar o clássico argentino após confusões com torcidas no primeiro duelo. O título ficou com o River Plate.