Finalissima entre Inglaterra e Brasil foi mais uma prova do sucesso que o futebol feminino faz na atualidade
O quinto maior público da história do futebol feminino. O maior em uma partida da seleção brasileira. Foram 83.132 pessoas no lendário estádio de Wembley. A primeira edição da Finalissima foi um enorme sucesso.
E não estamos falando do emocionante jogo, com o gol de empate do Brasil nos acréscimos, seguido pela nervosa disputa de pênaltis que acabou com vitória inglesa. Aliás, as Lionesas eram favoritas em todos os sites de esporte bets. Ver a capitã Leah Williamson levantar a taça não foi surpresa para ninguém.
Fique por dentro:
Estamos falando do que representou essa enorme festa em Londres. O futebol feminino europeu vive o melhor momento de sua história. Na temporada passada teve o impressionante recorde de público no Camp Nou, com 91.553 na vitória do Barcelona sobre o rival Real Madrid, jogo válido pelas quartas de final da Champions League. Na final da Euro de 2022, no mesmo Wembley, foram 87.192 acompanhando as inglesas vencerem a Alemanha. É uma tendência. Um crescimento contínuo e muito mais acelerado do que três, quatro anos atrás.
Mas essa evolução não é uniforme. Na América do Sul ainda há um longo caminho a seguir. Pia Sundhage, experiente treinadora da seleção brasileira, escancarou o problema: “Nesse momento, não temos seleção sub-15.Nem sub-16. Talvez tenhamos sub-17. E nesse momento o sub-20 não está jogando. Então imaginem, meninas que vão assistir o jogo e querem representar o Brasil. Se você tem 15 anos, pode fazer isso na Inglaterra, na Suécia. Mas não pode fazer isso no Brasil”.
Diversifique suas apostas
As competições também fazem toda a diferença. Na Europa, a Champions League não para de crescer. Na semana passada, por exemplo, mais de 20 mil pessoas assistiram ao jogo de volta das quartas de final entre Arsenal e Bayern de Munique. Trata-se do recorde de público em uma partida da competição na Inglaterra. A liga nacional também cresceu muito, com um calendário mais organizado e melhores condições de treinamento.
O Brasil ainda está longe dessa realidade. Mas nunca houve tanta confiança de que o cenário vai melhorar. O futebol feminino veio pra ficar. E crescer. A Europa é a prova disso.