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Quanto custa ser turista em sua própria cidade?

13 Jun | BY Betway Insider | MIN READ TIME |
Quanto custa ser turista em sua própria cidade?

Analisamos quanto gasta um residente que busca conhecer pontos culturais e turísticos em umas das principais cidades globais. Nova York é a mais cara; Rio de Janeiro, a mais barata

Nos últimos dois anos ficou evidente que lazer, turismo e consumo cultural não são privilégio das classes mais altas, são uma necessidade que (quase) toda pessoa busca incorporar à sua rotina de trabalho, deveres com a casa e cuidados com a família. Então, por que não ‘turistar’ na cidade em que vivemos, principalmente quando se fala das maiores capitais do planeta?

O setor do turismo é um dos principais vetores de desenvolvimento de uma cidade global. Afeta pelo menos outras 50 áreas – alimentação, transporte, hotelaria, aluguel, recreação, logística, fornecedores, etc. No Brasil, a retomada gradual da categoria após o ano atípico em 2020, aconteceu, de fato, em julho de 2021. E o Rio de Janeiro foi o destino mais procurado pelos viajantes nacionais. Com base nesse dado, o chamado “turismo residente” ou “turismo interno” foi o principal responsável pela manutenção e aquecimento do setor turístico durante os anos de 2020 e 2021, e isso vale para algumas das principais cidades turísticas do mundo, como Nova Iorque, Berlim, Tóquio, Londres e Rio de Janeiro.

Mas, o cenário para este ano que está começando é mais esperançoso. Apesar do PIB global ter sofrido uma perda estimada em US $ 4 trilhões, somando os anos de 2020 e 2021, de acordo com um relatório da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) –  em grande parte por conta do arrefecimento do setor turístico, já que ele produz efeito cascata em outros setores relacionados à sua atividade – a estimativa é de que haja pelo uma recuperação de pelo menos 30% do turismo brasileiro no primeiro semestre de 2022, de acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA). E, ainda, que a contribuição do setor para o PIB global cresça em até 32% neste ano.

Muito dessa expectativa se deve aos próprios brasileiros, que demonstram uma vontade de conhecer lugares ainda não desbravados próximos às grandes cidades em que moram. Um levantamento da Booking.com realizado em 2020 mostrou que 55% dos entrevistados pretendem conhecer um novo destino na região em que vivem – entre as cidades mais procuradas estão Monte Verde (SP), Campos do Jordão (SP), Ilhabela (SP), Penedo (RJ), Porto de Galinhas (PE) e Gramado (RS).

E as vantagens de ‘turistar’ nas proximidades de onde se vive são inúmeras. Conciliar um final de semana recheado de atividades novas mesmo em meio a uma rotina de trabalho; não perder muito tempo de deslocamento diário; conseguir dormir em sua própria cama e, no dia seguinte visitar lugares ainda não conhecidos; pagar um preço menor por ser residente; entender mais sobre a cultura local; movimentar a economia local e, por fim, gastar menos.

Mas, afinal, quanto custa um final de semana turístico nas grandes cidades?

O perfil de um turista residente, para além de qualquer experiência nova, é de alguém que busca suprir uma demanda ainda não realizada. Às vezes pelo interesse em conhecer a região em que se vive, às vezes pela facilidade de conhecer um destino próximo, ou, também, de apenas sentir que está saindo de casa. De todo modo, o turista interno quer sentir que está experienciando alguma novidade.

Rio de Janeiro, uma cidade para todos os bolsos

No ano passado, o Rio de Janeiro foi eleito, pela segunda vez consecutiva, como o principal destino na América do Sul para turismo de esportes. Como é a “especialidade da casa”, a maior parte dos residentes e nativos do estado buscam por atividades ao ar livre e que proporcionem contato com a natureza. E isso é o que você mais encontra pelas areias, praias e calçadões da zona sul, a região mais valorizada da cidade. Mas não é só lá que o turismo vive. A zona norte, oeste e leste, mais afastadas do centro e com população de menor poder aquisitivo, também apresentam as suas preciosidades. Mas, para o morador que está em busca de fazer um tour característico dos turistas estrangeiros, como o passeio “Um dia no Rio”, comercializado por muitas agências de turismo na cidade, a experiência é outra. O roteiro inclui pontos turísticos conhecidos – ele geralmente leva à Copacabana, ao Maracanã (apenas pelo lado de fora), à Catedral Metropolitana, ao Sambódromo (também por fora), ao Museu do Amanhã, à Cinelândia, aos Arcos da Lapa e à Escadaria Selarón, no bairro de Santa Teresa (todas essas atrações ficam na Zona Sul do Rio) – mas nenhuma experiência ou atividade estendida, até porque trata-se de apenas um dia. 

E para quem não pode ou não quer gastar muito? Para estes, a cidade está cheia de pontos turísticos gratuitos ou de baixo custo. De todo modo, as praias são a parte mais democrática, acessível e de beleza natural exuberante do Rio. Paula Kern, jornalista nascida e moradora do Rio, afirma que o custo para ser um turista residente na cidade é relativo. “Os ingressos do Cristo, Pão-de-Açúcar, AquaRio (aquário) e da roda gigante são caros; mas dá para subir o Morro da Urca por trilha e, de lá, pegar o bondinho pagando mais barato para ir ao Pão-de-Açúcar. Maracanã também é cobrado, mas os demais passeios são bem mais baratos. O Jardim Botânico, por exemplo, tem ingressos a partir de R$7,50 (meia entrada), mas se a pessoa é moradora da cidade, o valor é um; senão, outro. Ainda assim, sendo morador do Brasil, paga um valor menor que o morador de países do Mercosul.” Para Paula, “falar da média de gastos no Rio depende exclusivamente do perfil do visitante”.

Os preços democráticos fazem com que o Rio seja uma cidade turística explorada não só pelos estrangeiros, mas muito pelos brasileiros, cariocas (nascidos na cidade do Rio de Janeiro) e fluminenses (nascidos no estado do RJ).

A nossa equipe de caça-níqueis desenvolveu uma série de infográficos com o custo médio de um final de semana turístico-cultural. Confira abaixo para um residente do Rio de Janeiro.

Nova Iorque, uma cidade cosmopolita

Conhecida como Big Apple ou “A cidade que nunca dorme” (The city that never sleeps), Nova Iorque é uma das cidades globais mais ricas, cosmopolitas, diversas e dinâmicas que existem no planeta. Em junho do ano passado a cidade investiu $ 30 milhões na campanha It’s Time for New York City” (É tempo da cidade de Nova Iorque), a maior das campanhas para retomada do turismo global.  

A cidade é formada por cinco áreas, desdobrando-se em Staten Island, Queens, Bronx, Brooklyn e a famosa ilha de Manhattan, que concentra os pontos turísticos mais famosos como a Times Square e o museu MoMA (Museum of Modern Art; em português, Museu de Arte Moderna). Mas um final de semana cultural-turístico em Nova Iorque não precisa ser preenchido apenas com clichês. A cidade vive em constante transformação e tem o potencial de agradar turistas de todas as idades e com gostos muito distintos. É o destino ideal para quem gosta de programas culturais, musicais, de atividades ao ar livre, paisagens urbanas, história, gastronomia, compras, eventos esportivos e inúmeras outras categorias de atrações. Cada um pode montar seu roteiro pessoal ideal.

Gustavo Ventura, de 23 anos, nascido em São Paulo e morador de Nova Iorque há 6 meses, explica que para sua realidade social, cultural e financeira, frequentando lugares que já costuma ir, um final de semana turístico perfeito para ele custaria em torno de $400. “Diria que de transporte seriam 11 dólares por dia (sendo quatro viagens de metrô). Na alimentação se gasta geralmente de 30 a 40 dólares por refeição – claro que existem opções mais baratas, mas nos centros turísticos sempre é mais caro.” Apesar de muitas das famosas atrações serem gratuitas em Nova Iorque, museus e observatórios são pagos, com valores que vão de 15 a 50 dólares.

Tóquio, uma cidade diversa

Eleita duas vezes pela revista Monocle como a cidade mais habitável do mundo, Tóquio é uma cidade com opções ilimitadas. Organizada e limpa – característica marcante-, apresenta um índice de criminalidade baixíssimo, moradores educados e oferece uma alta qualidade de vida; esforçando-se, também, para ser um ideal de cidade sustentável. 

Ser turista em Tóquio é fácil. A cidade está equipada com eficientes modais de transporte – conectada com o restante do Japão por meio de inúmeras linhas de trens, metrô e o tecnológico trem-bala. Dentre as principais atrações turísticas, estão os templos budistas, os santuários religiosos, jardins e parques – que florescem na época das cerejeiras, que acontece na primavera – e encantam todos os anos mesmo os olhos mais habituados a apreciá-los.

Além disso, a cidade é extremamente tecnológica e inovadora na moda. O bairro de Akihabara concentra os maiores paraísos tecnológicos do mundo, enquanto em Harajuku você encontra opções coloridas e diferentes de street fashion. 

Conheça abaixo os principais pontos turísticos de Tóquio e quanto custa um final de semana para um turista residente na cidade.

As três cidades analisadas têm em comum o fato de serem cidades globais, que recebem anualmente (e em todo o período do ano) milhares de turistas. Agora, qual o ranking de gastos se colocarmos uma ao lado da outra? E quando o assunto é alimentação e transporte, quem sai à frente? É o que concluímos no infográfico abaixo. Spoiler: de fato, Nova York é para poucos.

Ser turista residente é uma modalidade que cada vez mais está em alta. Afinal, une gastos menores a possibilidade de conhecer novos lugares. E lembre-se: toda cidade reserva uma riquezas de locais que valem a pena serem explorados, basta se planejar. 

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