Faltando pouco mais de 100 dias para os Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizados em Tóquio entre os dias 23 de julho e 8 de agosto, a Betway faz um levantamento sobre a disputa do tênis na Olimpíada de Verão: como os atletas se classificam, quais as regras e rankings utilizados pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e quais os favoritos a subirem no pódio na capital japonesa.

Na Olimpíada do Japão, o tênis será disputado no Ariake Tennis Park, sede única da modalidade ao longo das semanas de competição. Repetindo a Rio-2016, o piso do tênis em Tóquio é duro. Ou seja, já influencia bastante no jogo dos principais tenistas do mundo.

Por exemplo, em 2012, quando a Olimpíada foi em Londres, a capital da Inglaterra manteve o glamour de seu grande evento, Wimbledon, e optou pela grama. Em Barcelona, em 1992, o saibro foi o escolhido para os torneios masculino, feminino e de duplas, simples e mistas.

Por conta desta informação, alguns atletas já largam na frente no favoritismo. É o caso de Novak Djokovic, atual campeão do Aberto da Austrália (também piso duro). O sérvio tem nove títulos do Grand Slam australiano e é o melhor jogador da atualidade entre os homens neste estilo.

Tênis: como funciona a classificação para a Olimpíada

media Fonte: Ian MacNicol / Getty Images Sport via Getty Images

Antes de traçar os favoritos às medalhas de ouro em Tóquio, é necessário entender como os tenistas garantem vaga no torneio que, mesmo com todo o prestígio da Olimpíada de Verão, não é mais importante no calendário do que os Grand Slams.

Para definir os atletas nas chaves simples, o COI usa de base os rankings mundiais da ATP (masculino) e WTA (feminino). Os 56 melhores tenistas ranqueados no dia 7 de junho de 2021, quando faltar cerca de um mês para os Jogos Olímpicos, garantirão vaga direta.

Tanto o campeonato masculino, como o feminino têm 64 participantes. As outras vagas são definidas da seguinte maneira: Pan-Americano (2 atletas), Jogos Asiáticos (1), Pan-Africanos (1), Universalidade, da Europa e da Oceania (1 vaga cada), além de mais dois nomes da ITF (Federação Internacional de Tênis).

É importante frisar que os tenistas que se classificarem pelos campeonatos de seleções precisam estar entre os 300 melhores do ranking mundial, também em 7 de junho de 2021.

Outro ponto crucial do regulamento é o respeito à diversidade de representantes. Há um limite de apenas quatro participantes por país. Desta forma, quando uma nação atinge o número, o 57º do ranking será escolhido e assim por diante.

Classificação das duplas também impõe limite por país

A definição das 32 duplas para os torneios masculino e feminino segue também os rankings ATP e WTA. Os 10 melhores ranqueados em duplas poderão escolher um parceiro de seu país, desde que ele esteja entre os 300 melhores. O número limite de tenistas de uma mesma nação é de seis por gênero.

Os favoritos a levar medalhas em Tóquio

 

Simples masculino

Entre os homens, Djokovic é o grande favorito. Número 1 do mundo no momento, o sérvio vive ótima fase nas quadras. A seu favor, pesa o fato de o piso ser duro e de ele estar em melhor condicionamento físico em relação aos principais rivais históricos, Roger Federer e Rafael Nadal. A dupla de 20 Grand Slams cada ainda não está na melhor forma e já vê a idade limitar algumas ações. Federer tem 39 anos, enquanto o espanhol, de 34, teve de lidar com diversas lesões recentemente.

A nova geração, se aproveitar a situação instável do suíço e do espanhol, pode surpreender e fazer frente principalmente ao sérvio. Medvedev, Tsitsipas e Zverev são os mais cotados a avançarem às finais em Tóquio. Dominic Thiem, um pouco mais velho, 27 anos, é outro que ameaça e brigará pelo título, vencido por Andy Murray nas duas últimas edições dos Jogos.

Simples feminino

media Fonte: TPN / Getty Images Sport via Getty Images

Atuando em casa, a japonesa Naomi Osaka certamente fará de tudo para ir ao pódio em Tóquio. Naturalmente, portanto, a número 2 do mundo, de 23 anos, aparece como uma das favoritas entre as mulheres. Ashleigh Barty, a australiana que está no topo da WTA, também é jovem (24 anos) e deve chegar aos Jogos Olímpicos com força e apetite, bem como a romena Simona Halep e a norte-americana Sofia Kenin.

Correndo por fora, claro, está a estrela Serena Williams. Considerada a maior tenista de todos os tempos por muitos fãs da modalidade, a norte-americana ainda tenta se colocar entre as melhores. Os 39 anos podem atrapalhar os planos da atleta, que já não tem a força de outros tempos.

Duplas

Os torneios de duplas costumam ser grandes incógnitas nos Jogos Olímpicos, uma vez que os tenistas se unem por causa da nacionalidade, e não por conta da combinação de jogo, como é no calendário anual. Desta forma, duplas entrosadas e competitivas ao longo dos eventos regulares são desfeitas para a Olimpíada, disputada, obviamente, entre seleções.

Na Rio-2016, Rafael Nadal se juntou a Marc López e levou a medalha de ouro. Já para esta edição da Olimpíada, López não deve ficar elegível: aos 38 anos, ele é o 340 do ranking mundial no momento. Um possível encontro entre Nadal e Bautista Agut (13º) pode manter a Espanha com a hegemonia nas duplas.

Entre as mulheres, os Estados Unidos sempre são uma ameaça. Sofia Kenin e Serena Williams, as melhores do país no ranking atualmente, podem brigar forte pelo ouro em caso de união. Outro país bem representado é a República Tcheca, com Karolina Pliskova (6ª) e Petra Kvitova (10ª). Belarus também é uma grande promessa para Tóquio: Aryna Sabalenka, oitava do mundo aos 22 anos, e Victoria Azarenka, 14ª aos 31, devem competir bem com um misto de experiência e juventude.

Vem aí o Masters 1000 de Miami, principal evento do calendário em março de 2021. Quem levará o troféu do torneio norte-americano? Faça apostas no tênis!