Depois de meses de negociações e ajustes com pilotos e equipes, a Comissão de Fórmula 1 da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou em abril de 2021 uma mudança significativa no cronograma: a partir de agora, corridas curtas (aos sábados) definirão os grids de largada para os Grandes Prêmios do domingo.

Mas, calma. A novidade no regulamento não substituirá por completo o tradicional treino classificatório aos sábados. A direção da F1 irá mesclar os dois formatos, com a corrida curta já entrando em vigor na temporada 2021.

“Estou feliz em ver que a Fórmula 1 está procurando novas maneiras de engajar os fãs e aumentar o espetáculo no fim de semana de corrida por meio desse conceito de classificação por sprint. Isso só foi possível graças à contínua colaboração entre FIA, Fórmula 1 e todas as equipes”, afirmou Jean Todt, presidente da FIA.

“Ver os pilotos batalhando por três dias vai ser uma experiência incrível e eu tenho certeza de que os torcedores vão aproveitar”, disse Stefano Domenicali, presidente da Fórmula 1.

Como funcionará este novo formato sprint? Quais são as regras? Quando ele será visto na prática pela primeira vez? Abaixo, a Betway responde às principais perguntas sobre a grande novidade da Fórmula 1 para o ano.

Quais etapas da F1 terão sprint e como fica a programação?

Fonte: Mark Thompson / Getty Images Sport via Getty Images

A Fórmula 1 tem um plano traçado para inaugurar o novo regulamento: irá experimentar a nova classificação em três etapas do ano. Conforme apurou a jornalista Julianne Cerasoli, que acompanha o campeonato ‘in loco’ e escreve sobre F1 no blog Pole Position, no UOL, a ideia inicial era colocar a corrida curta nos GPs de São Paulo, da Grã-Bretanha, realizado em Silverstone, e da Itália, disputado em Monza.

Com a incerteza no calendário brasileiro, a organização da categoria preferiu não anunciar exatamente quais etapas receberão o novo formato, deixando a questão em aberto. Está definido, ao menos por enquanto, que três provas de 2021 receberão o sprint.

E qual será a programação? Na sexta-feira, haverá uma classificação depois do primeiro treino livre (60 minutos de duração). Ela determinará o grid para a classificação sprint, no sábado. O resultado desta corrida curta irá definir o grid de largada tradicional. Vale destacar ainda que, no sábado, acontece normalmente o segundo treino livre, também de 60 minutos. Ele será disputado antes do sprint.

As regras da corrida curta: tudo sobre o sprint

Fonte: BRYN LENNON / AFP via Getty Images

Um Grande Prêmio de Fórmula 1 tem em média 300 km de distância. Para o sprint, a Comissão de Fórmula 1 da FIA chegou a um acordo com as equipes por uma corrida com um terço da normal, ou seja, cerca de 100 km. O regulamento prevê dois jogos de pneus para cada piloto, que podem ser escolhidos livremente.

De olho na pontuação: a corrida curta irá influenciar na tabela de classificação. Os três primeiros do grid vão receber pontos: 3 para o ganhador, 2 para o segundo colocado e 1 para o terceiro.

Mudança mexe com orçamento das equipes

Existem regras e limites orçamentários na Fórmula 1 para que não haja disparidade entre as equipes. Por exemplo, atualmente o teto da F1 é de US$ 147 milhões para as 23 corridas previstas na temporada.

Com a adição de uma ‘corrida extra’, que naturalmente gera mais custo e pode dar mais prejuízo (em caso de batidas e destruição do carro), as equipes poderão gastar um pouquinho mais. Será liberado a utilização de mais US$ 500 mil por time. Este valor, segundo a FIA, já prevê possíveis gastos com consertos.

Há justificativa para essa mudança?

A Fórmula 1 quer deixar a categoria ainda mais atrativa ao promover uma segunda corrida no mesmo fim de semana, ainda que mais curta, com um terço da prova normal. O plano é aumentar ações em pista e o entretenimento para os fãs da modalidade. Consequentemente, a corrida curta pode (e deve) gerar mais audiência e receita ao campeonato.

Esportivamente, a organização acredita que este formato “valoriza” mais o sábado e dá a chance de pilotos e equipes se recuperarem ao longo do fim de semana. O desejo é aumentar o equilíbrio e a competitividade, também.

De acordo com Julianne Cerasoli, nos bastidores a mudança é vista como uma vitória do recém-empossado presidente da F1 (três meses no cargo). Stefano Domenicali conseguiu tirar do papel o projeto do sprint, mas, para isso, precisou encontrar um meio termo e renunciar a algumas medidas mais ousadas, tais como grid invertido, cerimônia de pódio para a corrida curta e pontos para os 10 primeiros.

O sprint é uma mudança grande, que mexe com a programação da F1, é verdade, mas a categoria já tomou algumas medidas para ‘modernizar’ o campeonato e se aproximar ainda mais do público. Desde a temporada 2021, por exemplo, está disponível um streaming exclusivo do torneio para quase todo o mundo.

O F1 TV Pro exibe todos os treinos livres, classificatórios e GPs online e pode ser acessado por celular, tablet, computador ou Smart TV. No aplicativo, a F1 entrega câmeras ‘onboard’ dos pilotos (dentro do carro), ouve as comunicações por rádio das equipes, acompanha dados de telemetria e mapas da corrida em tempo real. O streaming também oferece VTs das corridas, documentários e GPs históricos da Fórmula 1.

A temporada 2021 da F1 está acirrada! Quais pilotos vencerão as próximas etapas? Acesse o site da Betway e faça apostas na Fórmula 1!