Vem aí as Olimpíadas de Tóquio-2020. O maior evento esportivo do mundo na capital japonesa acontecerá entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021 e marcará a estreia de algumas modalidades que nunca antes estiveram no calendário olímpico: beisebol/softbol, karatê, escalada, surfe e skate.

O surfe, em especial, é um esporte que cresce mundialmente. No Brasil, ganha ainda mais visibilidade por conta da Brazilian Storm. O termo, que traduzido ao português significa ‘tempestade brasileira’, surgiu em referência ao domínio dos surfistas do país no Circuito Mundial.

Atualmente, 11 brasileiros participam da elite do surfe, organizada pela WSL (World Surf League), e três deles dominam as primeiras colocações do ranking mundial: Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo estão entre os melhores da temporada.

Para as Olimpíadas, porém, valeu a classificação final da temporada de 2019, com uma limitação importante principalmente para o Brasil: o COI (Comitê Olímpico Internacional) estabeleceu que cada país poderia ter apenas dois representantes. Se houvesse três da mesma nacionalidade no top-10 de 2019, o 11º ganharia a vaga.

Abaixo, veja todas as informações do surfe nas Olimpíadas de Tóquio: como vai ser, quem se classificou e os favoritos para a modalidade.

Local de competição do surfe nas Olimpíadas

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Estreante nos Jogos Olímpicos, o surfe será bastante observado pelo COI na capital japonesa, já que é a primeira vez que o Comitê organiza uma competição deste nível da modalidade. O local escolhido para receber as competições é a praia de Tsurigasaki, em Chiba, a 64 km de Tóquio. O surfe terá uma janela de três dias: 26 a 29 de julho.

Diferentemente de todas as outras modalidades, já que depende da condição climática, o surfe não tem data e horário definidos para a grande final.

Os surfistas classificados para a Olimpíada de Tóquio

A WSL, que organiza o maior campeonato do esporte e conta com os grandes craques da modalidade, teve direito a 10 vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2019, o peruano Lucca Mesinas, garantiu uma vaga.

Além dele, Ramzi Boukhiam (Marrocos) representa a África; Shun Murakami (japonês) ganhou a vaga dos Jogos Asiáticos; Frederico Morais (português), que está no Circuito Mundial, pegou a vaga europeia; enquanto Billy Stairmand (neozelandês) tem a vaga da Oceania.

Do Circuito Mundial, classificaram-se: Gabriel Medina e Ítalo Ferreira (Brasil); Julian Wilson e Owen Wright (Austrália); Jérémy Flòres e Michel Bourez (França); Kanoa Igarashi (Japão); Jordy Smith (África do Sul); e Kolohe Andino e John John Florence (Estados Unidos).

As últimas cinco vagas serão preenchidas em evento da ISA World Surfing Games, associação internacional de surfe, que será realizado em El Salvador de 29 de maio a 6 de junho.

Surfe masculino: quem são os favoritos em Tóquio?

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Naturalmente, os surfistas que estão no Circuito Mundial têm mais experiência e talento para uma competição de alto nível como os Jogos Olímpicos. Só que, a dois meses do evento em Tóquio, três nomes despontam como os favoritos no masculino.

Dois deles são brasileiros: atual campeão mundial (2019), Ítalo Ferreira vive seu auge em forma física, confiança e variedade de surfe. Gabriel Medina, que chegou nas primeiras três finais da temporada 2021, também está em uma fase magnífica. O atleta trocou de treinador (substituiu o padrasto Charles pelo australiano Andy King, ex-técnico do tricampeão do mundo Mick Fanning) e está voando fisicamente.

Ao lado dos brasileiros aparece John John Florence. O havaiano, que defenderá as cores dos Estados Unidos, surge como o grande nome para bater de frente com os brasileiros. Ele é melhor que Andino e recebe maior pressão já que Kelly Slater, 11 vezes campeão do mundo, não conseguiu classificação. A lenda do surfe também diminuiu bem o ritmo aos 49 anos.

Apesar de o surfe ter suas peculiaridades, e às vezes um atleta pode ser eliminado por falta de ondas em uma bateria eliminatória, é muito difícil o título inédito de Tóquio não ficar com um dos três nomes destacados acima. O trio, inclusive, briga etapa a etapa pela laicra amarela (roupa usada pelo líder do ranking).

As surfistas classificadas para a Olimpíada de Tóquio

No feminino, a distribuição de vagas é feita de forma um pouco diferente. Daniella Rosas, a peruana vencedora do Pan de Lima, em 2019, tem a vaga sul-americana. Bianca Buitendag (África do Sul) representa o continente africano; Shino Matsuda (Japão) vai pela Ásia; Anat Lelior (Israel) garantiu presença nos jogos europeus; e Ella Williams (neozelandesa) é a representante da Oceania.

Diferentemente dos homens, a WSL garantiu 8 vagas pelo seu torneio. As outras 7, para também totalizar 20 surfistas, virão do evento da ISA World Surfing Games.

Vão à Tóquio pelo Circuito Mundial: Sally Fitzgibbons e Stephanie Gilmore (Austrália); Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb (Brasil); Brisa Hennessy (Costa Rica); Johanne Defay (França); e Caroline Marks e Carissa Moore (Estados Unidos).

Surfe feminino: quem são as favoritas em Tóquio?

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Entre as mulheres, a situação é mais equilibrada. As atletas que participam do evento da WSL são favoritas, assim como no masculino, mas há maior igualdade de surfe entre elas. A grande favorita é Carissa Moore, havaiana que representará as cores dos Estados Unidos.

Mais jovem a conquistar o título mundial, em 2011, aos 18 anos, a surfista venceu a quarta temporada em 2019. Líder do circuito em 2021, ela se recuperou de problemas pessoais, está bem e é a maior força para Tóquio.

Em paralelo, a gaúcha Tatiana Weston-Webb está em ótima forma. Brigando pelas primeiras colocações do ranking nesta temporada, ela chegará forte na capital japonesa. Ela apresenta um bom nível de surfe no momento, assim como Caroline Marks e as australianas Sally Fitzgibbons e Stephanie Gilmore.

Silvana Lima optou por não disputar o Circuito Mundial e competir no WQS (divisão de acesso da WSL) para justamente focar nos Jogos Olímpicos. Desta forma, portanto, a cearense deve complicar para as rivais da elite.

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