A NFL é a liga esportiva mais valiosa do mundo e está cada vez mais popular em todos os cantos do planeta. Esporte preferido nos Estados Unidos, o futebol americano ganha adeptos no Brasil, na Europa e em outros pontos em rápida escala e vê crescer o número de atletas da modalidade, seja de forma amadora, como é o caso do flag, que não exige equipamentos e diminui o impacto, ou com aqueles que ‘sonham’ em chegar aos EUA.

No caso do Brasil, um dos países que mais consomem NFL pelo mundo atualmente, Cairo Santos é a grande referência. O kicker está desde 2014 na liga, entre participações ativas nos jogos ou como reserva das franquias nas quais defendeu, e, como é o pioneiro, acaba sendo o grande parâmetro para adolescentes brasileiros que almejam viver profissionalmente de futebol americano.

Cairo Santos é um dos estrangeiros na NFL. Assim como na NBA, o futebol americano tem a cultura de ser bem restrito aos norte-americanos, e no caso do esporte com a bola oval alguns motivos explicam: poucos países fora dos EUA têm uma liga consolidada, que pode servir de formação para novos atletas, e nenhum outro local no mundo tem um torneio universitário tão desenvolvido e capaz de preparar os jogadores para o profissional.

No caso da NBA, o basquete até é mais difundido pelo mundo. Acontece que poucos países conseguem oferecer ligas competitivas ou ‘categorias de base’, os jogos universitários, no mesmo nível.

Voltando à NFL, a estrutura consolidada no futebol americano universitário faz com que a entrada de estrangeiros seja dificultada. Até por isso, e pensando em tornar a marca ainda mais internacional, a direção da liga criou um programa para inserir atletas de diversas nacionalidades no campeonato.

O ‘International Player Pathway’ é um programa oficial da NFL que convida, a cada ano, jogadores de vários países para treinarem nos Estados Unidos. O objetivo é desenvolver os atletas e dar oportunidade para eles integrarem algum elenco das 32 franquias registradas.

A seguir, veja um levantamento dos estrangeiros na NFL: quantos atuam na liga hoje? Quais são os principais? Qual é a nacionalidade (exceto o Canadá) com mais atletas registrados?

NFL registra 61 estrangeiros em 2021

Numa conta rápida, em que existem 32 franquias na NFL e cada time pode ter 46 jogadores ativos no elenco, são 1.472 atletas participando ativamente da temporada de futebol americano. Contando os reservas, o número de profissionais pode chegar a 1.696 ao todo.

É uma lista extensa de jogadores de futebol americano, mas muito, muito restrita a pessoas dos Estados Unidos. Desconsiderando os jogadores que nasceram em outros países, mas têm formação e cidadania americana desde bem cedo, são apenas 61 estrangeiros na NFL. O número não representa nem 5% dos jogadores da liga: entre ativos e reservas, os atletas ‘internacionais’ são 3,6%.

O Canadá, pela proximidade aos Estados Unidos e por ter fácil acesso ao país, lidera a lista de estrangeiros na maior liga esportiva do mundo: são 12 canadenses no campeonato. Desconsiderando o país vizinho, dois outros têm ‘boa’ entrada na NFL. A Nigéria possui 9 atletas no torneio, com a Austrália somando 8 jogadores. Os africanos teriam uma vantagem ainda maior se levar em conta Efe Obada. O defensive end do Buffalo Bills nasceu na Nigéria, mas tem nacionalidade britânica.

O Brasil, é bom ressaltar, segue com apenas um representante: Cairo Santos. O kicker (chutador) está no Chicago Bears depois de um hiato sem atuar, e só conseguiu um contrato longo após responder bem à lesão do titular Eddy Pinheiro.

Poucos estrangeiros na NFL, nenhum quarterback

O futebol americano tem uma função central e cerebral: o quarterback. Filmes e documentários a respeito da modalidade mostram como esse jogador é treinado ao longo dos anos, na escola e na universidade, para responder aos momentos decisivos do jogo e para lidar com a pressão das tomadas de decisão erradas.

Por conta desse processo, não há espaço para estrangeiros no setor no futebol americano. Não há um jogador ‘internacional’ que execute a função de lançador na temporada 2021. O mais frequente são defensive ends e wide receiver (pontas velozes que recebem os passes dos quarterbacks).

Dois dos maiores estrangeiros da NFL são kickers

Dois jogadores nascidos fora dos Estados Unidos que brilharam na NFL são kickers. O primeiro nome é o dinamarquês Morten Andersen, que foi draftado em 1982 e permaneceu na liga de futebol americano até 2007 (foram 25 temporadas na ativa).

Andersen tem 382 jogos na NFL, quase 80% de aproveitamento em field goals (565/709) e muita precisão em extra points: são 849 conversões em 859 tentativas, o que lhe dá 98,8% de aproveitamento. Ele também foi eleito cinco vezes para o First Team do All-Pro e sete vezes para o Pro Bowl.

Outro estrangeiro entre os principais da história da NFL é Gary Anderson, kicker que também foi escolhido em 1982. O sul-africano permaneceu na liga até 2004, completando 23 temporadas, e tem um aproveitamento ainda melhor em extra points: 820/827 (99.2%). Foi escolhido quatro vezes para o Pro Bowl e virou ídolo do Pittsburgh Steelers (1982–1994).

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