O futebol americano está cada vez mais difundido pelo mundo, com crescimento de fãs por todo o planeta e torcedores jogando partidas amadoras da maneira que dá. No Brasil, por exemplo, o flag (modalidade mais leve do esporte) tem ganhado popularidade. Mas e profissionalmente: existe ‘vida’ fora da NFL e dos Estados Unidos?

De cara, dá para responder que sim, existem campeonatos profissionais de futebol americano pelo mundo. Só que nenhum consegue, nem de perto, se aproximar da estrutura e da qualidade da NFL. Algo natural, também. Foram os americanos que criaram o jogo e a liga existe desde 1920, ou seja, muita coisa já foi aprimorada desde que a modalidade mais popular dos EUA deu os primeiros passos.

Na discussão, aliás, dá para incluir os EUA também. No país, ninguém consegue aproveitar o vácuo entre fevereiro e agosto/setembro, quando a NFL está em recesso. Recentemente, o último projeto a fracassar foi a AAF (Alliance of American Football), que surgiu justamente para atletas que não tinham espaço na liga principal.

A ideia, inclusive, era crescer e transformar a liga paralela em um torneio de acesso para a NFL. Só que, em um movimento repentino do proprietário da marca, o campeonato foi suspenso, não tem previsão de ser retomado e novamente o país não tem nem um esboço de concorrência para a grande liga.

Fora dos EUA, a história e o repertório do futebol americano é menor. Diversos países veem um movimento de popularização da modalidade, mas falta apoio, estrutura ou até mesmo jogadores para a criação de campeonatos.

Existe futebol americano profissional fora dos EUA? Na Europa, na América do Sul, com o Brasil, ou em outros continentes? A seguir, veja como é o cenário da modalidade pelo mundo.

EFL substituiu NFL Europa no Velho Continente

Em busca de expandir o futebol americano pelo mundo, a NFL já tentou projetos na Europa, e se aventurou no Velho Continente com um torneio que durou duas temporadas. A WLAF (The World League of American Football) foi criada em 1989 para servir como uma espécie de liga de ‘primavera’ da NFL.

O evento, que a cada temporada sediava o World Bowl, chegou a ser oficialmente apoiado pela NFL em um breve período e passou por mudanças na nomenclatura ao longo dos anos. Com a sustentação da NFL, virou inicialmente NFL Europe. Depois, NFL Europa. A liga funcionou de 1991 a 2007.

Em um período do acordo, a NFL mandava sete times dos Estados Unidos, que se juntavam a outros três europeus e faziam o campeonato. O formato, porém, durou apenas duas temporadas, em 1993 e 1994; o mais duradouro mesmo foi um modelo com seis equipes, a partir de 1995, todas da Europa.

Depois de um razoável período sem uma liga, a Europa voltou a se organizar. A ELF (The European League of Football) é a maior marca de futebol americano do continente após o término da NFL Europa. A partir de 2022, o campeonato terá 12 times de Alemanha, Polônia, Espanha, Áustria e Turquia, mas há planos de ampliar para 20 equipes nas próximas temporadas. A nova liga profissional foi criada oficialmente em novembro de 2020 e foi iniciada em junho de 2021.

No Brasil, há um campeonato nacional

Com ligas profissionais ou não, o Brasil é um dos mais apaixonados pela NFL no mundo. A modalidade cresce cada vez mais, e não é à toa que brotam torneios amadores por todos os cantos do país.

O principal campeonato é a Liga BFA (Superliga Nacional de futebol americano ou Campeonato Brasileiro). A organização tem a chancela da CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano), com duas divisões: a de elite e a de acesso. 

Atualmente, existem 32 equipes vinculadas à competição, que também é integrada a uma associação de clubes, criada em 2017. O intuito é gerenciar a entrada de novos participantes. Recentemente, a BFA fez um post nas redes sociais para reforçar que era a maior liga do Brasil

Canadá também tem liga profissional de futebol americano

Próximo aos Estados Unidos, o Canadá tem presença forte nos esportes americanos, seja com matérias-primas de atletas ou participação com times em algumas ligas, como a NBA. No caso do futebol americano, o país possui uma liga profissional forte e tradicional. Só perde, claro, para a NFL.

A CFL (Canadian Football League) existe desde 1958 e é o nível de competição mais alto do futebol americano no país. A liga possui nove times, cada um localizado em uma cidade do Canadá. Eles são divididos em duas divisões: quatro equipes na Divisão Leste, cinco times na Divisão Oeste. Desde 2019, o torneio é disputado de junho a novembro, com 21 semanas e 18 jogos para cada franquia na temporada regular.

Austrália prefere rúgbi, mas tem futebol americano

Apesar de ser mais ligado ao rúgbi e a um tipo de futebol local, os australianos também gostam do futebol americano e não só o acompanham, como também o praticam. Por lá, existe um órgão regulador da modalidade, o Gridiron, que existe desde 1996. A associação esportiva foi criada com o aval do governo local, e está vinculada à IFAF (International Federation of American Football), a federação internacional de futebol americano.

Ainda que não gerencie um campeonato único profissional, o órgão registra os times locais da modalidade, mais amadora. De acordo com o próprio Gridiron, são 121 times registrados e mais de 7,5 mil atletas inscritos na federação.

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