Campeão, Casagrande é eleito piloto a ser batido por rivais em 2022

Felipe Massa e os tricampeões Daniel Serra e Ricardo Maurício, da Eurofarma, contaram à Betway o que esperam da nova temporada
Atual campeão da Stock Car, Gabriel Casagrande começou a temporada 2022 da mesma forma que terminou 2021: com um troféu nas mãos. Na Corrida de Duplas, que aconteceu dia 13 de fevereiro, em Interlagos, o vencedor do título do ano passado levou a melhor ao lado de Gabriel Robe.
Entre os adversários, não há dúvidas de que Casagrande é o nome a ser batido mais uma vez. Ele sabe que uma vitória logo na abertura serve para mostrar aos concorrentes que a luta pelo bicampeonato é uma realidade. “Não tem jeito melhor de começar a defesa do título do que com uma vitória”, disse ao site oficial da categoria.
Embora esse seja o desejo do campeão de 2021, os rivais esperam um outro final. Após uma primeira temporada de adaptação à categoria, Felipe Massa espera resultados melhores neste ano. Ainda distante do pódio, Massa vê a briga de Casagrande principalmente com os dois pilotos da Eurofarma, Daniel Serra e Ricardo Maurício.
“O piloto a ser batido é o Gabriel Casagrande, fez um campeonato maravilhoso no ano passado, tem um carro muito bom, está em uma situação em que casou com a equipe, onde tudo funciona de maneira perfeita e com merecimento por tudo aquilo que vem fazendo. Está guiando muito, acho que tudo se encaixou, mostrando isso ao começar o ano ganhando. Vamos tentar chegar mais próximo para entender o que ele vem fazendo e melhorar nosso carro, ter a chance de disputar com ele e tantos outros, como a Eurofarma, a melhor equipe depois do Gabriel. É a gente tentar entender e evoluir pensando nos carros que estão um passo à frente”, disse o ex-piloto da Ferrari na Fórmula 1 em entrevista exclusiva à equipe de apostas online da Betway.
Fonte: Paulo Lopes/Anadolu Agency/Getty Images
Vice-campeão em 2021 e dono de três títulos da Stock, Daniel Serra é um dos principais adversários de Casagrande na luta pelo troféu neste ano. O piloto da Eurofarma sabe, no entanto, que o atual campeão começou bem a temporada e diz que precisa “achar a diferença”.
“A expectativa para esse ano é boa, a gente tem tudo para disputar o campeonato, a gente precisa evoluir em alguns pontos. O Casagrande começou muito bem a temporada e a gente vai ter que trabalhar, temos que achar essa diferença aí, mas temos tudo para brigar pelo campeonato lá no final”, disse Serra em conversa com a Betway.
Companheiro de Serra na Eurofarma e dono de três títulos da Stock Car, Ricardo Maurício elogiou o começo de temporada de Casagrande.
“Nosso carro é sempre competitivo. O Casagrande deu uma destoada no campeonato em 2021, começou muito forte esse ano e eu acho que esse é o cara a ser batido. Ele está sobrando, parece que o carro dele está até melhor do que em 2021, então vai ser um ano bem difícil para a gente, mas temos que ir lutando, tentar desenvolver nosso carro corrida a corrida, melhorar o acerto do carro e o regulamento permite a inversão de grid, fazer uma boa pontuação, fazer uma boa estratégia. Infelizmente, eu zerei nessa primeira etapa, então o descarte está aí para ser usado, não é bom usar logo de início, mas faz parte”, afirmou em exclusiva à Betway.
Corrida de Duplas
A primeira prova do ano teve um diferencial, a disputa por duplas. Como dito, Casagrande levou a melhor ao lado de Gabriel Robe. Mas a etapa teve nomes como Pietro Fittipaldi, que vive expectativa de disputar a F1 pela Haas, Dudu Barrichello correndo com o pai Rubinho, e o alemão Timo Glock, que fez dupla com Massa. Além deles, Augusto Farfus e Filipe Albuquerque estiveram com os pilotos da Eurofarma.
Fonte: Assessoria de Imprensa
“Correr com Augusto (Farfus) foi legal, uma dupla que a gente tinha anunciado em 2020 e acabou não acontecendo, um piloto que eu sempre acompanhei e tive admiração, então dividir um carro com um piloto de alto nível como ele foi muito legal”, comenta Daniel Serra.
Ricardo Maurício, que correu com Filipe Albuquerque, ressalta a experiência internacional do companheiro.
“Super bacana andar com o Filipe Albuquerque, piloto renomado lá fora, com muita experiência em diversas categorias, carros diferentes, já foi piloto de teste de Fórmula 1 pela Red Bull e Toro Rosso, na época que não era Alpha Tauri. Então, muito bacana o fim de semana todo, troca de experiências, falar sobre o passado. Um piloto com uma rápida adaptação na Stock Car, ele já na terceira volta estava muito bem no carro, foi realmente uma pena a gente ter tido problema na classificação, não estava ideal o carro nos treinos e na classificação, mas na corrida foi uma pena que a gente estava em oitavo”, disse.
Próximas etapas e Galeão
A segunda etapa da temporada 2022 da Stock Car acontece em Goiânia, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, dia 20 de março. Depois disso, uma pista que cria grande expectativa – e até uma certa curiosidade - nos pilotos. Isso porque a etapa do Galeão, no Rio de Janeiro, dia 10 de abril, será a primeira no aeroporto.
“É uma pista nova, a adaptação é muito importante, aprender e entender o circuito, no aeroporto, o tipo do asfalto, que tinha talvez muita borracha diferente, com gasolina junto, rajada de vento, adaptação num circuito diferente, é igual para todo mundo, não sei nem se vai ter a pista pronta no simulador para ter uma ideia antes da corrida. Mas é sensacional a ideia de voltar a correr no Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e que tem tradição no automobilismo, como Jacarepaguá, toda a época que a F1 correu lá, Stock Car estava sempre correndo, é muito legal voltar. Infelizmente, não tem autódromo, mas trazer os fãs e apaixonados no aeroporto é sensacional, foi uma baita jogada e ideia, vai ser um sucesso”, profetiza Felipe Massa.
Experiente em outros circuitos, Ricardo Maurício concorda com Massa e crê em um fim de semana atípico de Stock Car, mas com muitas ultrapassagens.
“A gente não conhece a pista, tem longas retas, a pista pula bastante, acaba sendo ondulada, difícil falar. Eu espero ter bastante ultrapassagem, pista aberta pelo que a gente consegue ver, rajadas de vento, você pode se dar bem no vento a favor, na reta, um vento contra pode te prejudicar. Então com essa mudança de ventos, o aeroporto vai estar em funcionamento, avião pousando de um lado e do outro, isso pode ter alguma turbulência, alguma rajada de vento diferente, então acho que vai ser um fim de semana bem interessante para a gente aprender a lidar com algo completamente diferente da nossa realidade”, disse.
Presença do público
A primeira corrida da temporada não contou com a presença do público, o que foi comum nos últimos meses em razão daquela atual circunstância. A etapa de Goiânia terá o retorno do público.
“Sem público fica estranho, sem o calor do público, a torcida, a visitação. Quando a gente entra no carro, no fim, não sente muito isso, mas acho que toda a parte que antecede, sem a visitação, sem os fãs, tudo isso acaba deixando o evento mais vazio”, lamentou Serra.
Para Ricardo Maurício, o fim de semana sem público fica diferente e a presença da torcida nos boxes ajuda a aproximar o piloto dos fãs.
“A gente sente muita falta, não só nas arquibancadas, mas nos camarotes, pessoal se divertindo também no fim de semana, tem a visitação de boxe, onde realmente a gente pode fazer com que o público chegue um pouco mais próximo dos pilotos e dos carros, ver um pouco da nossa realidade, que eu acho que é o mais legal no fim de semana de corrida”, afirmou.
De acordo com a Stock Car, Goiânia vai seguir os protocolos e receber 60% da capacidade do autódromo.