O Campeonato Inglês é comandado por seis grandes clubes (Big Six): Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham. São as equipes de maior estrutura, torcida e dinheiro e, portanto, os principais candidatos ao título da Premier League a cada temporada.

Nas últimas cinco edições do torneio, apenas em 2015/16 o campeão foi um time diferente dos citados acima. O Leicester fez uma campanha irretocável, e bastante improvável, para ficar com o troféu mais desejado do futebol inglês.

De acordo com o Transfermarkt, site especializado em finanças do futebol, o Big Six tem os elencos mais caros da Premier League. Arsenal (avaliado em 554 milhões), Tottenham (720 milhões), Manchester United (738 milhões), Chelsea (803 milhões), Manchester City (1,06 bilhão) e Liverpool (1,12 bilhão) são os clubes mais valiosos do campeonato em 2020/21. Todos os valores são em euro.

A situação, que não é uma novidade da temporada atual, também faz com que os seis grandes sejam protagonistas no mercado da bola. A cada janela de transferências, os dois clubes de Manchester, os três de Londres e o único de Liverpool investem milhões em contratações.

O assunto, aliás, causa polêmica e até atrito entre os times. Pep Guardiola e o Manchester City, por exemplo, reclamam de serem acusados (principalmente por Jürgen Klopp e pelo Liverpool, maior rival recente nas competições nacionais) de falta de fair play financeiro e uso excessivo de dinheiro.

Recentemente, quando o City completou 20 jogos de invencibilidade na temporada, em todas as competições que disputa, o técnico espanhol foi bem sarcástico ao exaltar o feito. De forma sucinta, ele elogiou o elenco e a condição financeira do lado azul de Manchester. “Nós temos muito dinheiro para comprar muitos jogadores incríveis”, ironizou o treinador, como forma de justificativa para as vitórias.

Diante das polêmicas entre os grandes da Inglaterra, a Betway faz um levantamento para esclarecer os fatos. Qual dos seis times gastou mais em contratações nas últimas cinco temporadas? Veja como foi a atuação recente de cada um no mercado da bola. Os dados são do Transfermarkt. Aproveite também e confira o gráfico!

media

Tottenham: € 466 milhões de euros

O time que menos gastou nas últimas cinco janelas de transferências do Big Six é o Tottenham. De 2016/17 a 2020/21, a equipe, hoje treinada por José Mourinho, gastou 466 milhões de euros em contratações. A mais impactante foi de Ndombélé, que chegou ao clube inglês em 2019/20 por 60 milhões de euros. Na última temporada, as compras de Lo Celso (32 milhões) e Reguilón (30 milhões) foram as mais badaladas.

Vale destacar que, neste período, o Tottenham construiu um estádio novo, do zero, e teve de segurar bastante as contas. O ultramoderno Tottenham Hotspur Stadium, com campo móvel e capacidade para 62 mil pessoas, teve custo de mais de R$ 5,1 bilhões.

Liverpool: € 529,03 milhões

Em segundo lugar aparece o Liverpool de Klopp. Os Reds, que ganharam tudo nas últimas temporadas (Liga dos Campeões, Mundial de Clubes e Premier League, depois de 30 anos), têm atuação equilibrada no mercado. As principais contratações do período de 2016/17 até os dias atuais são de titulares indiscutíveis: Sadio Mané (41,2 milhões), Mohamed Salah (42 milhões), Van Dijk (84,6 milhões) e Alisson (62,5 milhões). Diogo Jota, recentemente, chegou por 44 milhões.

O trunfo do clube de Liverpool nas janelas de transferências, desta forma, acaba sendo a atuação bem certeira. Trouxe jogadores que hoje são os melhores do mundo em suas posições e ganhou tudo.

Arsenal: € 590,44 milhões

Em jejum de título da Premier League (o último foi na temporada 2003/04, de forma invicta, com o timaço com Thierry Henry e companhia), os Gunners investiram pesado nas últimas cinco temporadas: 590,44 milhões de euros. Mas sem sucesso e retorno esportivo.

Xhaka (45 milhões), Aubameyang (63,75 milhões), Pépé (80 milhões) foram contratações que aconteceram de 2016 até 2020. Na última janela, abrindo a temporada 2020/21, o clube abriu os cofres e trouxe Thomas Partey, pagando 50 milhões ao Atlético de Madri, e o zagueiro brasileiro Gabriel, contratado por 26 milhões.

Manchester United: € 776,38 milhões

Considerado um dos clubes mais ricos do mundo, o Manchester United é um dos mais tradicionais da Inglaterra e construiu um verdadeiro império na época de Alex Ferguson. Os patrocínios milionários na camisa também permitem ao clube ser protagonista nas janelas de transferências.

Os 776,38 milhões de euros foram para contratações de jogadores de peso. Pogba, por exemplo, desembarcou na Inglaterra por 105 milhões de euros. Lukaku, que hoje nem está mais no clube, custou 84,7 milhões. Fred (59 milhões), Maguire (87 milhões), que se tornou o zagueiro mais caro do mundo, Bruno Fernandes (55 milhões), Wan-Bissaka (55 milhões) e Van de Beek (39 milhões) são outros craques contratados a peso de ouro. O United está há sete anos sem vencer o Campeonato Inglês.

Chelsea: € 894,30 milhões

Comandado pelo investidor russo Roman Abramovich, o Chelsea é um dos times mais fortes no mercado da bola. É por isso que aparece como o segundo do Big Six que mais gastou entre 2016/17 e 2020/21. Um detalhe importante é que o clube sofreu uma punição da Fifa e foi impedido de contratar de junho de 2019 a janeiro de 2020. A sanção aconteceu por conta de irregularidades em negociações de jogadores com menos de 18 anos de idade.

Ainda assim, porém, os Blues investiram pesado nos últimos anos. Morata, contratado por 66 milhões de euros, Bakayoko (40 milhões), Kepa (80 milhões), Pulisic (64 milhões) e Jorginho (57 milhões) chegaram por preços bem relevantes antes da punição.

Depois da medida da Fifa, como “guardou” dinheiro, o Chelsea agiu pesado no mercado. Trouxe, só na última janela, Havertz (80 milhões), Timo Werner (53 milhões), Ben Chilwell (50,2 milhões), Ziyech (40 milhões) e o goleiro Mendy (24 milhões).

Manchester City: € 948,41 milhões

De fato, a equipe de Pep Guardiola é a que mais “torrou” dinheiro na Inglaterra -- por isso a hostilidade dos concorrentes. Em 2016/17, chegaram John Stones (55 milhões de euros), Sané (52 milhões), Gabriel Jesus (32 milhões) e Gündogan (27 milhões).

Laporte (65 milhões), Benjamin Mendy (57,5 milhões), Walker (52,7 milhões), Mahrez (67,8 milhões), João Cancelo (65 milhões) e Rodri (62,7 milhões) chegaram na sequência. Já na última temporada, Pep Guardiola investiu no setor defensivo. Rúben Dias e Nathan Aké, ambos zagueiros e contratados por 68 e 45 milhões, respectivamente, foram os principais reforços.

O Manchester City disparou na liderança da Premier League. Alguém será capaz de parar a equipe de Pep Guardiola nas próximas rodadas? Faça suas apostas no Campeonato Inglês!