A Premier League é considerada o maior campeonato nacional do mundo. Esportivamente, apesar de ser difícil nos dias de hoje, pode haver quem discorde. Em questão financeira, porém, não há espaço para debate: o Campeonato Inglês é o mais rico do mundo. Na temporada 2018/19, a última sem pandemia, a receita da liga foi de € 5,84 bilhões.

Para se ter uma ideia, no último contrato de direitos de transmissão, firmado com a NBC no fim do ano passado, o valor foi de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões na conversão atual) pelos próximos seis anos. Os jogos são transmitidos para mais de 200 países ao redor do mundo, em cerca de 80 redes de televisão.

O Campeonato Inglês, vale destacar, é o mais antigo do mundo. A primeira edição aconteceu em 1888, ainda no século XIX, no país em que o esporte, na forma moderna, surgiu. No Brasil, para efeito de comparação, as principais competições nacionais surgiram a partir da década de 1960.

A liga inglesa da forma que conhecemos hoje, como Premier League, é bem mais recente, de 1992. Mas há um motivo: quando o campeonato passou por crises, invadido pelo hooligans, os torcedores violentos, e sofrendo com tragédias como a de Hillsborough, com pessoas morrendo pisoteadas pela falta de estrutura adequada, os ingleses revolucionaram a maneira de ver, disputar e tornar rentável o torneio no país.

A Premier League, em pouco tempo, se reorganizou, abriu a porta para os estrangeiros, que hoje brilham na competição, e virou extremamente popular para os amantes de futebol. A liga virou, também para os atletas, 'sonho de consumo', onde todos querem estar. Dentre os brasileiros que atuam na terra da rainha atualmente estão Alisson, Ederson, Gabriel Jesus, Richarlison, Phillipe Coutinho, Firmino e Fabinho, todos frequentemente chamados para a seleção brasileira. Mas foi Mirandinha, em 1987, o primeiro brasileiro a jogar em um clube de lá

O campeonato é, também, um dos mais equilibrados da Europa. Diferentemente do que acontece em alguns países, onde dois ou três times brigam pela taça, na Inglaterra existem mais clubes considerados grandes. Os ingleses possuem o 'Big Six', nome dado aos seis maiores times locais, que estão sempre disputando os troféus: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham - saiba qual deles venceu mais títulos no século XXI

Quanto os clubes recebem na Premier League?

Os pagamentos da Premier League, referentes aos direitos de transmissão, são divididos por categorias. Os clubes recebem um valor igual para todos os vinte participantes, que é relacionado aos direitos locais, internacionais e à publicidade. Isso faz com que os clubes tenham a chance de disputar o torneio de forma mais justa.

Há também uma premiação pela posição do clube na tabela de classificação -- que funciona de forma decrescente, com o campeão recebendo, claro, o maior valor. E há um dinheiro que é pago de acordo com o número de jogos das equipes que foram transmitidos na televisão.

Na última temporada, vencida pelo Manchester City, cada clube recebeu £ 31.375.697 pelos direitos locais, além de £ 47.541.599 pelos direitos internacionais e £ 5.924.232 pela publicidade. Todos esses valores, como dito, são distribuídos de forma igualitária.

Em relação às transmissões, o Chelsea, que teve 30 partidas mostradas, foi o clube que mais lucrou: £ 27.026.098. O City, campeão, teve 27 jogos na televisão, e ficou com um montante de £ 24.424.705.

Ao todo, a equipe de Pep Guardiola recebeu £ 152.553.233. O Sheffield United, último colocado, embolsou £ 97.556.487. Considerando apenas o valor pago por 'mérito', a quantidade destinada ao time que levou a taça foi de £ 34.961.500 pelos direitos do Reino Unido e £ 8.325.500 pelos direitos internacionais. Para efeito de comparação, o último colocado recebeu £ 10.550.609 e mais £ 416.275, respectivamente.

A Premier League, em site oficial, se descreve como "a mais equitativa das principais ligas da Europa" e diz ter uma enorme contribuição para a pirâmide do futebol, além de realizar "uma série de programas comunitários e boas causas''.

Segundo a liga, o objetivo de distribuir as receitas de comercialização dos direitos é apoiar os clubes participantes no desenvolvimento, nas categorias de base, e na aquisição de jogadores talentosos, também construindo e melhorando as estruturas dos estádios presentes na disputa.

Folhas salariais

Um levantamento do blog do Mauro Cezar Pereira, no UOL, mostrou que, no fim do ano passado, o elenco do Manchester City, vice-campeão da Champions League, o maior torneio de clubes do mundo, tem um valor anual de mais de R$ 1 bilhão. O do rival Manchester United, o mais caro da Inglaterra, é de quase R$ 1,7 bilhão.

O Chelsea, atual campeão da Champions Leagueveja quanto o vencedor da edição atual vai receber –, custa pouco mais de R$ 1,2 bilhão. O Liverpool, outro clube do 'Big Six', também ultrapassa a marca do R$ 1 bilhão. Dos times grandes, Arsenal (quase R$ 744 milhões) e Tottenham (R$ 587 milhões) são os únicos que não chegam ao bilhão - saiba quais são os jogadores que possuem os maiores salários

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