Quais são as maiores goleadas da história da Champions League?

Média de gols na Champions League é alta e proporciona placares elásticos; veja uma lista com as maiores goleadas da competição
Quem assiste à Champions League costuma ter a impressão de que os jogos, em sua maior parte, são recheados de gols. Essa impressão se confirma quando olhamos para os números do torneio. A competição realmente tem uma média alta de bolas na rede. Há pelo menos 14 temporadas, essa média é maior do que 2.5 tentos por partida.
Desde 1992, quando se iniciou a 'era atual' da Champions League, três temporadas tiveram médias acima de três gols por jogo: 2016/17 (3,04), 2017/18 (3,21) e 2019/20 (3,24). Com exceção de 2020, quando a competição precisou ser encurtada por conta da pandemia do novo coronavírus, todas essas disputas tiveram 125 confrontos.
A média 'padrão', que mais apareceu nas temporadas recentes, varia entre 2,8 e 2,9 gols por duelo. Em 2020/21, na última edição, conquistada pelo Chelsea, foram 366 gols em 125 jogos, média de 2,93. A temporada com menor média teve 56 tentos em 25 partidas (média de 2,24). Isso aconteceu em 1992/93, justamente na estreia desta nova fase do torneio.
São as goleadas, claro, que elevam as médias de gols por partida. Na Champions League, pode-se dizer, elas são frequentes – principalmente na fase de grupos, quando as potências europeias dos grandes centros do futebol enfrentam equipes de menor expressão. Das 36 maiores goleadas, 28 aconteceram no segundo semestre, que é quando o torneio ainda está começando, na primeira fase, antes das partidas decisivas de mata-mata.
Maiores goleadas
Duas goleadas dividem o recorde de vitória mais elástica da história da competição, e com o mesmo placar: 8 a 0. O feito foi atingido pelo Liverpool, em 2007, contra o Besiktas, e pelo Real Madrid, em 2015, contra o Malmo. Na sequência do ranking de maiores goleadas, vêm o placar de 7 a 0, que aconteceu 11 vezes, com vitórias de Juventus, Arsenal, Olympique de Marseille, Valencia, Bayern de Munique (duas vezes), Shakhtar Donetsk, Barcelona, Liverpool (duas vezes) e Manchester City.
Em 2020, a vitória do Bayern de Munique por 8 a 2 contra o Barcelona, pelas quartas de final, também entrou na contagem. O placar de 7 a 1 aconteceu em sete oportunidades; o de 6 a 0, em 15.
Liverpool 8 x 0 Besiktas
Em 6 de novembro de 2007, o Liverpool, que havia vencido a Champions League dois anos antes, em 2005, enfrentou o Besiktas, da Turquia, em Anfield, na Inglaterra, casa dos Reds. O duelo foi válido pelo grupo D daquela edição de Champions League e era muito importante para os ingleses, que não haviam vencido nas três primeiras partidas e precisavam do triunfo para sonhar com a classificação à fase seguinte. A equipe tinha apenas um ponto na tabela, e só dois gols marcados.
O que poderia ser um triunfo simples, porém, se tornou uma das maiores goleadas da história da Champions League: 8 a 0. O time inglês não tomou conhecimento e partiu para cima dos turcos. O israelense Yossi Benayoun fez três gols – veja a lista dos hat-tricks mais rápidos da competição. O holandês Ryan Babel, então revelação do time, anotou dois tentos. Peter Crouch, que substituia o craque Fernando Torres, fez mais dois. O ídolo Gerrard também deixou o dele.
O Liverpool conseguiu se classificar e, naquela edição, parou somente na semifinal, diante do Chelsea, que ficou com a vaga e perdeu a decisão para o Manchester United. O time de Gerrard passou pela Inter de Milão nas oitavas e pelo Arsenal nas quartas.
Real Madrid 8 x 0 Malmo
A goleada do Real Madrid sobre o Malmo, time sueco, aconteceu em 2015, em 8 de dezembro, também pela fase de grupos da Champions League, no Santiago Bernabéu. O jogo era válido pela última rodada, e fechou a classificação do Real com chave de ouro. Benzema anotou um hat-trick, três gols no mesmo confronto. Kovacic fez um. E Cristiano Ronaldo marcou quatro vezes.
O astro português brilhou e bateu um recorde, se tornando o primeiro atleta a fazer 11 gols na fase de grupos do torneio. Ele ultrapassou o holandês Ruud Van Nistelrooy, que havia marcado dez vezes. Cristiano Ronaldo terminou a temporada como artilheiro, com 16 gols em 12 jogos.
Vale destacar uma 'coincidência' histórica das duas maiores goleadas da Champions League: tanto o Liverpool de 2007 como o Real Madrid de 2015 eram dirigidos pelo técnico espanhol Rafa Benítez. O lateral-direito Arbeloa também esteve presente nas duas vitórias.
Naquela edição de 2015/16, os merengues ficaram com o título, o primeiro de uma sequência de três taças consecutivas, outro recorde do clube espanhol no maior torneio de clubes do mundo. Na final, os madrilenhos superaram os rivais de cidade, o Atlético, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. O zagueiro Sergio Ramos fez o gol do Real; Carrasco marcou para o Atleti. Nos penais, Cristiano Ronaldo converteu o tento decisivo e garantiu a 11ª conquista do clube – hoje são 13.