Qual é o maior artilheiro da história da Libertadores?

Nenhum brasileiro está no top-5 dos maiores artilheiros da história da Libertadores; veja o ranking geral dos goleadores
A Libertadores foi disputada pela primeira vez em 1960. Atualmente, a competição continental está em sua 63ª edição. Ao longo dos anos, o torneio foi ganhando relevância e se tornou o sonho de consumo dos times sul-americanos. No Brasil, especialmente, os clubes passaram a enxergar o campeonato como o mais importante do calendário a partir da década de 90.
Dez equipes brasileiras já foram campeãs: São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Santos, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Atlético-MG, Corinthians e Vasco – saiba qual é o time com mais participações em finais. Ao todo, são 21 títulos. Dentre os jogadores nascidos no Brasil, os maiores campeões, todos com três taças, são: Marcos Rocha, Willian, Vítor, Ronaldo Luiz, Palhinha e Fabiano Eller – veja curiosidades e dê seus palpites na Libertadores.
O ‘brazuca’ com mais gols no torneio é Luizão, com 29 bolas na rede, sendo 15 pelo Corinthians, oito pelo Vasco, cinco pelo São Paulo e uma pelo Grêmio. Ele foi campeão com o Gigante da Colina, em 1998, e com o Tricolor paulista, em 2005, no Morumbi – veja qual cidade recebeu mais decisões. Gabigol, jogador do Flamengo, já atingiu a marca de 26 tentos e pode passar o centroavante no ranking nacional.
Confira, a seguir, a lista dos maiores goleadores da história da Libertadores.
Julio César Morales
O uruguaio Julio César Morales é um dos maiores jogadores da história do Nacional, do Uruguai, onde atuou por mais de uma década e conquistou seis campeonatos nacionais: 1966, 1969, 1970, 1971, 1972 e 1980. Também foi campeão da Copa Interamericana em 1971.
Ao todo, foram 459 partidas pelo clube, com 180 gols marcados. Com 30 tentos, é o quinto maior artilheiro da história da Libertadores, torneio do qual foi vencedor com o Nacional em 1971 e 1980 – nas mesmas temporadas, o time foi campeão da Copa Intercontinental.
Os 30 gols de Cascarilla, como era chamado, foram marcados em 76 partidas pelo Nacional no torneio sul-americano. O ex-atacante morreu aos 76 anos, em fevereiro deste ano.
Daniel Onega
O argentino Daniel Onega é contemporâneo de Julio César Morales, mas brilhou pelo River Plate, onde também atuou durante a maior parte da carreira – ele também jogou por Racing, da Argentina, Córdoba, da Espanha, e Millonarios, da Colômbia.
Ao todo, anotou 31 tentos na Libertadores, sendo o quarto maior artilheiro da história da competição, o maior goleador do River Plate. É dele um recorde importante: o de mais gols em uma única edição do torneio. Em 1966, Tito, como era conhecido, balançou as redes por 17 vezes. Na oportunidade, o time argentino foi vice-campeão; o título ficou com o Peñarol, do Uruguai.
O brasileiro Luizão, com 15 gols em 2000, pelo Corinthians (que já foi campeão invicto), foi quem chegou mais perto de superar essa marca, mas não conseguiu. Onega também atuou pela seleção argentina.
Pedro Rocha
O uruguaio Pedro Rocha é ídolo do São Paulo, onde foi campeão paulista de 1971 e 1975, e campeão brasileiro de 1977. Nos anos em que esteve no Tricolor, fez 119 gols em 393 jogos. O meia também teve uma pequena passagem pelo rival Palmeiras, alguns anos depois.
No Peñarol, clube de seu país natal, atuou por pouco mais de uma década, sendo sete vezes campeão nacional (1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968) e três vezes campeão da Libertadores (1960, 1961 e 1996).
No torneio continental, aliás, Pedro Rocha brilhou. Ao todo, balançou as redes por 37 vezes – 26 delas pelo Peñarol, dez pelo Tricolor paulista e uma pelo Verdão. Também foi campeão intercontinental em 1961 e 1966.
Fernando Morena
Fernando Morena é de uma geração um pouco mais nova que a de Pedro Rocha, mas carrega muitas coincidências com o companheiro de profissão: também é uruguaio, também brilhou pelo Peñarol e também marcou 37 gols na Libertadores. Ele também passou por um time brasileiro, no caso, o Flamengo – veja curiosidades do Fla-Flu, o clássico mais charmoso do país – mas não brilhou.
A lista de artilharia de Morena é extensa. Goleador nato, o ex-atacante foi campeão da Libertadores de 1982 pelo Peñarol. Ao todo, marcou 668 gols na carreira, uma marca impressionante, haja vista que poucos atletas chegaram aos 700 tentos – somente Josef Bican, Puskás, Gerd Muller, Cristiano Ronaldo, Messi, Romário e Pelé.
A importância de Fernando Morena para o Peñarol é tanta que há uma estátua do ex-jogador no Estádio Campeón del Siglo, casa do clube.
Alberto Spencer
O maior artilheiro da história da Libertadores também brilhou pelo Peñarol, mas era equatoriano. Alberto Spencer atuou pelo clube por uma década. Também passou por Everest e Barcelona de Guayaquil, ambos do Equador.
Spencer fez, ao todo, 54 gols na Libertadores, larga vantagem para a marca do segundo colocado no ranking de goleadores históricos. Os tentos, vale destacar, foram marcados em 87 partidas pela competição. A maior parte deles foi marcado com a camisa do Peñarol: 48. Outros seis foram pelo Barcelona de Guayaquil.
O ex-atacante teve a oportunidade de erguer a taça do torneio continental por três vezes, em 1960, 1961 e 1966. Foi ele que marcou o primeiro hat-trick, três gols em um mesmo jogo, no certame continental. Alberto Spencer morreu em 2006, aos 68 anos.